A 78ª edição da Dwars Door Vlaanderen realiza-se esta tarde e, apesar de ter partido a clavícula há apenas doze dias, Amaury Capiot, da Arkéa - B&B Hotels, estará presente na linha de partida.
Uma decisão corajosa do belga, mas que também não foi inteiramente tomada por ele. "Houve alguma pressão da equipa para começar aqui. Não percebo bem porquê", explica o próprio Capiot em conversa com o Sporza antes do início da corrida do dia. "Teria esperado mais uma semana e apostado tudo em Roubaix para recuperar ao máximo. Parece-me o mais lógico, sim, mas aparentemente não."
Participar em qualquer corrida com uma clavícula partida tem problemas óbvios, mas participar numa Clássica da Flandres repleta de pedras? Talvez não seja a coisa mais sensata a fazer. "A dor em si não foi e não é muito má. Só as vibrações nos paralelos é que vão doer hoje. A fratura não se mexeu, por isso não é muito grave", insiste Capiot, que se mostra corajoso. "Não é o ideal, de qualquer forma, embora os treinos ainda funcionem razoavelmente bem. Houve alguma pressão por parte da equipa".
"Agora não é que eu vá simplesmente desistir. Caso contrário, teria treinado melhor em casa, tal como ontem. Teria sido melhor para mim. Mas se a equipa vê as coisas desta forma, então só me resta fazer o melhor para mim", conclui. "Passámos todo o ano a dizer o que é e o que não é. Não podemos mudar muita coisa."