Fabio Jakobsen atingiu o seu auge como velocista na Soudal - Quick-Step, mas actualmente está muito longe da forma que o notabilizou. Numa entrevista recente, admitiu que uma parte do seu problema reside no facto de ter estagnado nas últimas épocas e não ter evoluído, algo que é absolutamente fundamental no ciclismo moderno.
"Este é um desporto de topo. No Tour o nível está agora mais elevado. No passado, por estranho que pareça eu podia abrir o meu sprint. Este ano nunca o conseguia fazer", disse em declarações ao Wielerflits.
"Nos últimos 100-150 metros não tinha mais nada para dar. Isso nunca se deve a uma coisa ou a um rival. A culpa é minha e isso tenho de melhorar. É preciso olhar mais longe. Tenho de dar um passo extra em todas as áreas: treino, cooperação com os colegas de equipa, equipamento e táctica."
É sabido que, nos últimos anos, o nível das coisas têm vindo a melhorar significativamente, e isso não se aplica apenas aos trepadores, que estão a fazer números inacreditáveis. As corridas em geral são mais rápidas e os sprinters também têm de fazer muito mais trabalho e esforço antes de chegarem ao sprint. Isto tem sido bastante difícil para Jakobsen, que se juntou à Team DSM-Firmenich PostNL este ano, mas só ganhou uma etapa, na Volta à Turquia.
"Talvez a mudança de equipa... Não o subestimei, mas também não foi fácil. Sabia que seria uma adaptação a vários níveis. Concentrei-me muito nisso", diz. "E sim, por um lado é mentalmente difícil. Vinha de uma situação em que estava sempre a lutar pela vitória. Por outro lado, não posso ficar zangado durante dias, só porque não se ganhei. É preciso pegar nisso e ver o onde é que se pode melhorar".
Jakobsen assume a sua parte da responsabilidade pela escassez de vitórias da equipa e também está ciente de que para chegar ao nível que lhe permitiu ganhar corridas no passado, não basta ser competitivo em corridas como a Volta à França nos dias de hoje. "Sem ser muito específico, quero dizer o seguinte sobre o assunto: se não melhorares no ciclismo atual, vais ficar parado e eles vão inevitavelmente ultrapassar-te", acrescenta. "Em termos de material, de nutrição, de orientação e de treino, as coisas estão em constante evolução. Se não o acompanharmos, ficamos para trás. Penso que, em parte, foi esse o meu caso".