Tadej Pogacar declarou a intenção de ganhar a
Volta a Itália, mas a diferença para a fuga não foi inferior a três minutos durante muito tempo. Parece uma missão impossível? Bem, não para o esloveno que não só apanhou todos os fugitivos, mas também deu um
golpe fatal nos seus adversários da geral, com os mais próximos a perderem até três minutos.
Atrás da camisola rosa, a luta pelo segundo lugar estava ao rubro, com
Thymen Arensman, da Ineos Grenadiers, a impor o ritmo para o líder,
Geraint Thomas. E o neerlandês fez o seu trabalho tão bem que apenas o terceiro classificado
Daniel Martínez conseguiu igualar a velocidade. Nos metros finais, Arensman perdeu algum tempo, mas a Ineos ainda mostrou a sua força, embora nem de longe tenha posto em perigo o controlo de Pogacar sobre a situação.
"O Tadej mostrou mais uma vez que está a outro nível, mas o Geraint e o Thymen mostraram que estão ao nível dos melhores humanos", disse o diretor desportivo da Ineos, Dario Cioni, ao GCN.
A luta pela vitória na geral parece estar arrumada, com Tadej Pogacar a manter uma vantagem confortável de 6:41 sobre Thomas. O terceiro classificado, Martínez, está a 15 segundos do britânico. Arensman continua a melhorar e reduz a sua diferença para menos de 20 segundos em relação ao quinto classificado, Antonio Tiberi. Os dois vão provavelmente decidir entre si quem leva a camisola branca.
"Com o Geraint sabemos que ele é um homem com muita experiência e sabe como gerir estes esforços repetidos em dias diferentes. Ele fez um bom contrarrelógio e ganhou algum tempo e hoje só perdeu tempo para Pogačar, mas não há muito que possamos fazer contra ele", foi a avaliação de Cioni.
"Hoje foi o início de um novo Giro, o verdadeiro Giro de montanha", disse Cioni. "Tivemos duas etapas de escalada antes de hoje, mas esta foi uma das mais longas e difíceis, mas há algumas outras e a luta pelo pódio ainda está em aberto."