Já não é um choque ver Thibau Nys vencer uma etapa numa prova do World Tour como a Volta à Polónia. No entanto, conseguir um "hat-trick" ao vencer todas as subidas foi uma demonstração de força impressionante. E uma enorme promessa para o futuro.
"Sei que não vai durar muito, mas neste momento o puzzle encaixa na perfeição", diz Nys ao Het Nieuwsblad. O belga sublinha que o seu sucesso não foi uma surpresa absoluta para ele. "A Volta à Polónia confirma simplesmente que conheço muito bem o meu corpo. Treino, alimentação, descanso, preparação, ... fazemos tudo isso da forma correta. Um puzzle em que trabalhámos durante muito tempo e que agora se encaixa perfeitamente. Sei que não vai durar muito, mas neste momento basta fazer qualquer coisa e funciona".
O ciclista da Lidl-Trek parece estar quase imbatível nas chegadas em subida. Ele sabe que tipo de chegada lhe agrada mais. "Bastante curto e muito íngreme ou apenas três a quatro quilómetros de subida, mas não muito íngreme. Também depende da forma como a corrida foi disputada anteriormente. O tipo de chegada em que os homens rápidos têm de ser deixados para trás, o que faz de mim o mais rápido dos trepadores. Eles têm sempre menos ponta final do que eu".
Naturalmente, muitos se perguntam se ele conseguiria igualar o fenomenal Tadej Pogacar numa subida tão "ideal": "Apenas e só ao sprint poderei competir com ele", admite Nys de forma algo conservadora. "Mas o Tadej faz das corridas o que quer. É bem possível que ele tenha forçado tanto antes da meta que eu acabe por desaparecer da luta", considera. "E para ser claro: nas altas montanhas não há comparação possível. Não sou um trepador, não sou alguém que possa fazer qualquer coisa numa subida como o Alpe d'Huez."