Conseguirá a INEOS transformar
Tom Pidcock numa aposta para as Grandes Voltas. É uma questão que parece dividir a opinião dos fãs, mas de acordo com o treinador do britânico, Kurt Bogaerts, é definitivamente um objetivo realista.
"Penso que é realista. Só este ano é que começámos a dar ênfase às subidas mais longas", explica Bogaerts sobre as perspetivas do homem da
INEOS Grenadiers para Grandes Voltas, em conversa com o Het Nieuwsblad. "É possível ver que ele deu grandes passos nesse sentido. Por exemplo, este ano, ele esforçou-se mais no Tirreno Adriatico, onde terminou em nono lugar na classificação final. Na última etapa de montanha, terminou em quinto e conseguiu valores muito bons."
"Para o Tom, é uma questão de aprender a subir, a fazer esforços mais longos e a 'ritmar' em função da pendente", continua Bogaerts, admitindo que ainda há muito trabalho a fazer antes de Tadej Pogacar e
Jonas Vingegaard serem ameaçados por Pidcock ao longo de três semanas. "Isso vai ajudá-lo se alguma vez for atrás de uma Grande Volta. Mas isso não é algo que se construa num dia. É um caminho que se percorre ao longo da carreira".
Mas será que a versatilidade de Pidcock o impede de participar nas Grandes Voltas? ""É isso que o Tom tem de bonito, mas ao mesmo tempo de complicado, o facto de ser tão versátil", realça Bogaerts. O Vingegaard escolhe um determinado caminho, que lhe corre muito bem. Mas não vejo esse caminho a funcionar diretamente para o Tom. Também não excluo essa possibilidade, mas isso é algo que cada um tem de decidir por si."
Pidcock vai regressar ao cenário do seu maior sucesso na estrada (vitória na etapa de Alpe d'Huez) no final deste verão, quando enfrentar a
Volta a França. Depois de ter falhado por pouco um top-10 no ano passado, será que Pidcock tem futuro como candidato a Grandes Voltas? Deixe-nos saber a sua opinião!