A Red Bull ainda não tem uma resposta para a intoxicação alimentar que ameaçou a vitória de Primoz Roglic na Volta a Espanha

Primoz Roglic venceu a sua quarta Volta a Espanha em 2024. No entanto, apesar de só ter assumido o controlo total da corrida após a etapa 19, as esperanças do esloveno chegaram a estar ameaçadas na 20ª etapa, quando a Red Bull - BORA - hansgrohe se viu a contas com uma intoxicação alimentar no seio da equipa.

Três domestique de Roglic (Daniel Martinez, Patrick Gamper e Nico Denz ed.) foram forçados a abandonar a corrida na etapa 20 e havia uma preocupação latente de que Roglic também pudesse vir a sofrer consequências da intoxicação alimentar. Felizmente isso não aconteceu, mas o drama foin real, no entanto hoje ainda está por esclarecer o que causou a intoxicação alimentar, como foi revelado pelo nutricionista da Red Bull - BORA - hansgrohe, Dr. Tim Podlogar em conversa com a Siol.  

"Acho que nunca saberemos a razão exacta, só poderemos tentar adivinhar", começa por dizer o especialista. "Tivemos problemas tanto com os ciclistas como com a equipa. Na corrida, tínhamos o nosso próprio chefe de cozinha que preparava a comida para os ciclistas no camião cozinha. O pessoal gosta sempre de fazer as suas refeições no hotel. Isto significa que era praticamente impossível que o chefe cometesse um erro."

Mas isso não quer dizer que o Dr. Podlogar não tenha uma teoria. "Os ingredientes para a comida dos ciclistas são muitas vezes retirados da cozinha do hotel onde a equipa está instalada e especulamos que esta será a fonte dos problemas, uma vez que esta era a única junção das fontes de alimentação dos ciclistas e do pessoal", pondera.

Dada a importância crescente da dieta e da nutrição no dia a dia de um ciclista, o Dr. Podlogar teve uma época mais atarefada do que é habitual nos último meses . "Tínhamos grandes ambições, queríamos ganhar a Volta a França, mas não estávamos preparados para isso, nem éramos capazes de o fazer em termos de recursos ou de ajudar os ciclistas a atingir os seus objectivos. Se alguém pensava o contrário, estava a mentir a si próprio", explica. "Infelizmente isto significou na prática, que aqueles de nós que estiveram presentes no processo de formação tiveram de assumir trabalho adicional que não tinham de fazer até agora, porque não tínhamos pessoal adequado".

"Quando um ciclista como Primoz Roglic chega à equipa, é claro que lhe desejamos o melhor e fazemos tudo o que está ao nosso alcance. Pessoalmente, não suportaria que fosse a nutrição a razão pela qual não ganhássemos uma Grande Volta", conclui.

Leia também

Laurens Sweeck vence o Superprestige Aardbeiencross após uma ultima volta alucinante

Ceylin del Carmen Alvarado sobrevive à investida de Lucinda Brand no Superprestige: "Para ela anular a diferença, tinha que ter umas super pernas"