Já passaram alguns dias desde o grave acidente de treino de
Chris Froome e começam a ser conhecidos mais pormenores sobre o estado de saúde do britânico. Aos 40 anos, o quatro vezes vencedor da Volta a França não só sofreu múltiplas fraturas, como também uma lesão cardíaca rara que agravou a gravidade do episódio.
Enquanto a
Israel - Premier Tech lida com protestos quase diários durante a Volta a Espanha, vê também a sua maior referência a enfrentar um período de incerteza, internado num hospital francês e sem perspetivas de regressar ao pelotão competitivo.
Um acidente de elevada gravidade
O acidente ocorreu em Saint-Raphaël, perto de casa, no Mónaco. Froome sofreu um pneumotórax, cinco costelas fraturadas e uma vértebra partida. O britânico foi transportado de urgência por via aérea para Toulon, onde permanece hospitalizado desde então.
Michelle Froome, esposa do ciclista, falou ao The Times e destacou a dureza do episódio: “Era claramente muito mais grave do que apenas alguns ossos partidos. O Chris está agora bem, mas a sua recuperação vai demorar muito tempo. Não vai poder pedalar durante algum tempo.”
Uma rutura do pericárdio descoberta em cirurgia
A dimensão do acidente ficou ainda mais evidente com a revelação de uma lesão cardíaca detetada apenas durante uma das intervenções cirúrgicas: uma rutura do pericárdio, complicação extremamente rara em acidentes de ciclismo.
De acordo com informações da equipa, Froome encontra-se estável e consciente, de bom humor dentro das circunstâncias, mas impossibilitado de voltar à bicicleta em 2025.
Chris Froome em 2025. @Sirotti
Actualização
Froome deixou o hospital esta sexta feira e escreveu um post no Instagram, confirmando o seu bom humor, ao lado de uma foto com a filha, na qual aparece a caminhar com algumas marcas claras do acidente.
"Aliviado por hoje estar de volta a casa. Obrigado à equipa do HIA Sainte Anne", escreveu. O britânico sofreu o acidente no dia 27 de agosto e passou nove dias no hospital, onde teve que passar por uma cirurgia para tratar de um problema cardíaco, fraturas de costelas, vértebras e um pneumotórax.