Apesar de estar em grande forma, Thibau Nys não espera ir aos Campeonatos do Mundo: "Não tenho um cenário para poder mostrar as minhas qualidades"

Thibau Nys mostrou que deve ser tido em conta nas corridas de estrada com nove vitórias este ano. Normalmente, a sua época termina na Clássica da Bretanha, este domingo, mas o jovem belga não exclui a possibilidade de ajustar os seus planos de ciclocrosse para participar nos Campeonatos do Mundo de estrada, se o selecionador nacional o solicitar.

"Ainda não pensei no Campeonato do Mundo", disse Nys ao VTM Nieuws/HLN. "Na minha cabeça, vou terminar a minha época de estrada no domingo, na Clássica da Bretanha. Ainda não falei sobre isso com o selecionador nacional, mas é claro que não se pode negar que seria uma corrida difícil e um bom final", mantém a porta aberta.

"Não seria certamente fácil, porque significaria que teria de alterar a minha preparação para a época de cross. De momento, não sou fã disso. Para além disso, também compreenderia perfeitamente se outros colegas preferissem ajudar Remco Evenepoel. Por muito que eu gostasse de correr ao serviço dele, há outros tipos que são mais adequados para isso e em nove em cada dez casos, não terei um cenário para eu poder mostrar as minhas qualidades".

O ciclocrosse continua a ser extremamente importante para o jovem Nys. "Antes de mais, quero correr a um nível elevado do princípio ao fim - o que não aconteceu no inverno passado (devido a dores nas costas). E quero continuar a fazer ciclocrosse depois disso".

Agora que já venceu várias vezes corridas de etapas ao mais alto nível, Nys pode ambicionar mais alto em 2025. "No próximo ano - e sem reclamar o meu lugar - preferia correr o Tour como primeira grande volta, simplesmente porque o Tour é mais fácil de combinar com o ciclocrosse. Se eu fosse correr o Giro, teria de terminar o meu inverno mais cedo. Se correr a Volta a Esapanha, só posso iniciar no ciclocrosse mais tarde".

A mesma abordagem ambiciosa aplica-se às clássicas da primavera, onde Nys poderá seguir os passos do compatriota Philippe Gilbert. "Na primavera, olho para corridas como a Amstel Gold Race e a La Fleche Wallonne. Ao longo dos anos, gostaria também de sentir o sabor da primavera flamenga. É aí que está o meu coração, mas isso não significa que o meu corpo o possa suportar. Sinto que está cada vez mais ao meu alcance".