Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard e Remco Evenepoel não vão participar na Volta a Itália de 2025, tal como aconteceu o ano passado com a Volta a Espanha - com Primoz Roglic a correr em ambas, procurando tirar partido desta situação para aumentar o seu palmarés. Embora a maior parte do percurso do Giro já tenha ficado decidida em novembro, Thijs Zonneveld argumenta que a ausência conhecida das duas principais estrelas da Volta a França levou a organização a tentar incluir coisas novas no percurso que elaborou para a próxiam edição da corrida.
"O percurso parece muito interessante para o Wout van Aert. A própria organização sabia que as hipóteses do Tadej Pogacar e do Jonas Vingegaard estarem à partida eram escassas, pelo que o Giro tentou tornar o percurso atrativo para um grande grupo de ciclistas, na esperança de que alguns dos melhores ciclistas ainda façam a Volta a Itália", argumentou Zonneveld no podcast Het Wiel.
Roglic, Richard Carapaz, Juan Ayuso, Adam Yates, Simon Yates e Mikel Landa já confirmaram a sua intenção de correr na Corsa Rosa. Mas mesmo fora do grupo dos grandes trepadores, a corrida terá algumas grandes estrelas presentes, como Wout van Aert e Mads Pedersen e, potencialmente, também Mathieu van der Poel.
"É claro que também é um percurso que o Van der Poel deverá gostar. Mas o Tour parece ter-se antecipado e desenhou uma primeira semana de corrida do agrado de Van der Poel. E com o Campeonato do Mundo de BTT em mente, a combinação Giro-Tour é quase impossível, especialmente se ele está a planear outra primavera com muitas corridas." No entanto, o antigo Campeão do Mundo poderá não participar no Tour...
Algo que também foi discutido, mas que já foi negado pelo próprio ciclista da Visma, era a possibilidade de Wout van Aert tentar lutar pela classificação geral. "Há uma hipótese do Van Aert poder correr de rosa durante duas semanas. Até à semana passada, quase não tinhamos etapas de montanha difíceis. Penso que dependerá principalmente dos ciclistas tornar este Giro espetacular ou muito aborrecido. Há muitas oportunidades, mas se esperarem até à última semana, a indecisão pode permanecer durante muito tempo. Mesmo que muitos ciclistas pensem: "Este ano é a minha oportunidade". Mas não creio que Van Aert possa ganhar o Giro".
Outra coisa que tem sido muito discutida nos meios de comunicação social holandeses recentemente é a ausência total de ciclistas holandeses no alinhamento da equipa Visma para a Volta a França. Zonneveld argumenta que, para uma equipa com ambições tão elevadas como a Visma, não se pode dar ao luxo de dar preferência à nacionalidade dos ciclistas em detrimento das suas caraterísticas.
"Como equipa holandesa, é essencial manter os ciclistas holandeses na sua equipa, mas se quisermos ganhar a Volta a França, temos de escolher a equipa mais forte. E a equipa que a Visma | Lease a Bike formou em torno de Vingegaard é simplesmente extremamente boa", concluiu.
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— Giro d'Italia (@giroditalia) January 13, 2025
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