Bax fala da sua nova equipa, da Visma e da UAE Team Emirates: " A UAE e a Visma pegam nas ideias uma da outra e trabalham-nas"

Sjoerd Bax não foi a principal contratação da Q36.5 Pro Cycling Team este inverno, mas a experiência que trouxe da UAE Team Emirates - XRG poderá ser fundamental, especialmente agora com uma equipa que apoia um renovado Tom Pidcock. O ciclista de 29 anos reconhece que a presença do britânico mudou completamente a equipa de forma positiva.

"Acho que foi uma coisa boa porque caso contrário, como equipa, poderíamos ter chegado a um beco sem saída. Esta equipa já existe há cerca de três anos, mas não fizemos grandes progressos", diz Bax em conversa com a In de Leiderstrui. Com equipas como a Tudor, a Uno-X e até a Kern Pharma a vencerem ao mais alto nível e/ou a contratarem grandes ciclistas, a missão da Q36.5 seria ainda mais difícil este ano.

Mas uma desavença entre o campeão olímpico e a INEOS Grenadiers, aliados à ligação de Pidcock com o proprietário da equipa, Ivan Glasenberg (proprietário da marca de bicicletas Pinarello, patrocinador pessoal do britânico), provou ser a oportunidade perfeita para dar o passo necessário. "Agora que o Tom se juntou à equipa, demos um grande passo em frente. Ele trouxe membros da equipa e agora temos um objetivo claro. Isso dá-nos mais certezas quanto a sermos convidados para as grandes corridas. Só tem sido positivo".

Bax não vai estar presente na Strade Bianche este sábado, mas acredita que Pidcock pode potencialmente acompanhar o Pogacar, mesmo que as hipóteses de alguém o conseguir fazer sejam baixas. "O Tom está em grande forma e, secretamente, espero que consiga manter o ritmo. Ainda assim, acho que o Tadej está noutro nível".

O ciclista holandês não mudou muito os seus métodos de treino, mas está bem ciente de que a UAE (a sua antiga equipa) e a Visma estão a pegar nos métodos de treino uma da outra e a evoluí-los ainda mais. "Se treinarmos constantemente na Zona 2, temos de aumentar a potência, o que pode fazer com que percamos alguma explosão. Também acho que todos os treinadores olham para os métodos uns dos outros e copiam o que funciona. A UAE pega nas ideias da Visma e trabalha-as e vice-versa e nós também olhamos para as outras equipas."