Ben O'Connor sonha com o pódio na Volta a França em 2025: "Só está ao alcance de alguns"

Após o melhor ano da sua carreira até à data em 2024, Ben O'Connor está a começar de novo em 2025, tendo trocado a equipa Decathlon AG2R La Mondiale pela Team Jayco AlUla. Uma coisa que não mudou, no entanto, é a ambição do australiano de estar entre os melhores do pelotão.

Em 2024, O'Connor esteve certamente entre os melhores, terminando em 4.º na Volta a Itália, em 2.º na Volta a Espanha e em 2.º na corrida de estrada de elite masculina nos Campeonatos do Mundo de Zurique. No entanto, isso não quer dizer que O'Connor esteja totalmente satisfeito com a forma como decorreu o ano: "Houve certas corridas em que podia ter ganho. Como no UAE Tour, estraguei um pouco a corrida na subida final. Estava um pouco cansado na Volta aos Alpes e podia ter ganho essa corrida se me tivesse refrescado um pouco melhor antes", explica em conversa com a Velo.

"No Giro, fui enganado na última semana. Não me interpretem mal, tive resultados fantásticos no Giro. Consegui dois segundos lugares e um quarto lugar na geral, mas vê-se claramente que podia ter sido ainda melhor. O que é bom poder dizer, porque foi surreal".

O'Connor também não se está a adiantar muito, observando que, antes de tentar vencer uma Grande Volta, deve primeiro tentar adicionar mais pódios ao seu palmarés, tendo anteriormente terminado em 4º lugar no Giro e na Volta a França. "Quero ganhar uma etapa no World Tour. Na verdade, isso seria o ideal. Não vou tentar dar muitos saltos", explica. "De certeza que, se as coisas se alinharem, pode resultar, como aconteceu com Tao Geoghegan Hart e ao Jai Hindley a vencerem o Giro. É algo que se pode imaginar também a seguir essas pisadas. Mas tudo tem de estar bem alinhado... Não quero tentar ser mais do que aquilo que consigo".

Em 2025, porém, parece que a Volta a França está na mira do jovem de 29 anos. Como explica, subir ao pódio final nos Campos Elíseos é algo de que se sonha... "Bem, esse seria o sonho de um ano, de um dia. Mas quem sabe? Realisticamente, acabamos por ser o melhor ciclista que pudermos até à chegada a Paris", avalia. "Falo em não me precipitar, mas é de certeza algo que um dia estará no meu pensamento. Mas isso só está ao alcance de alguns durante as suas carreiras. Por isso, esse é o meu sonho para o futuro".