Bradley Wiggins winner of the Criterium du Dauphine in 2011 & 2012.
Bradley Wiggins ganhou a Volta à França e uma medalha de ouro olímpica em 2012, o que fez dele uma estrela na Grã-Bretanha, mas também um cavaleiro. No entanto, o ex-ciclista profissional admite que, na altura, nunca se sentiu merecedor de tal distinção e acabou por esmagar os seus troféus.
"No dia em que fui nomeado cavaleiro, a síndrome do impostor atingiu-me em cheio. O meu título de cavaleiro não coincidiu com o de outros atletas, estava sobretudo entre militares", admite Wiggins numa série de documentários da BBC. Os soldados a quem faltavam membros queriam tirar fotografias comigo, mas não me senti um herói nesse dia. Não me achava digno de ser nomeado cavaleiro".
Nos últimos anos, Wiggins tem partilhado histórias sobre como os traumas da sua infância o levaram a tornar-se o ciclista profissional que foi, e abriu-se sobre os muitos problemas mentais que teve ao longo da sua carreira profissional e depois dela. Entre eles, conta, esteve uma ocasião em que partiu troféus que trazia consigo do seu ano de ciclista de sucesso.
"Tive um período difícil em 2019. A minha mulher passou por um período muito difícil do ponto de vista mental e eu também perdi de vista o panorama geral. Deitei fora todos os meus troféus. Guardei as medalhas de ciclismo e os troféus das minhas vitórias, mas estão todos juntos num saco algures. As minhas medalhas olímpicas também estão num saco de plástico".
Bradley Wiggins winner of the Criterium du Dauphine in 2011 & 2012.