Nesta altura do campeonato no ano passado, Cian Uijtdebroeks era um dos ciclistas mais falados do pelotão por causa da sua atribulada transferência para a Team Visma | Lease a Bike e a controvérsia que a mesma gerou. No entanto, é justo dizer que o ciclista belga está a entrar em 2025 de forma mais discreta.
Depois de uma temporada de estreia pela Visma, onde Uijtdebroeks foi afectado por doenças e lesões, o belga acredita que está pronto para o seu regresso à ribalta em 2025. "O meu sorriso está de volta. Depois daquela Vuelta, o meu sorriso desapareceu durante um mês. Mas agora está de volta por completo", diz o belga de 21 anos em conversa com o Sporza.
Um dos problemas que afectou Uijtdebroeks em 2024 foi a sensação constante que ele tinha de falta de força nas pernas. Aparentemente esse problema faz parte do passado. "Resultou. No início pensei que fosse a artéria femoral, mas eu tinha um nervo comprimido na parte inferior das costas que me estava a causar aquela dor", afirma. "Fiz muito treino de força para fortalecer as costas e agora sinto-me bem outra vez. A diferença é enorme. No ano passado, sentia que as minhas capacidades físicas estavam lá, mas que a dor bloqueava tudo. Quando me punha em pé a pedalar, as minhas pernas cediam".
Apontado para o futuro como um potencial vencedor de uma Grande Volta, Uijtdebroeks apela à paciência e sublinha o desejo de se concentrar primeiro em corridas de uma semana: "Se quero ganhar uma Grande Volta a longo prazo, tenho de ganhar outras corridas primeiro. É nisso que nos queremos concentrar nesta primavera", explica, com corridas como a Volta a Omã, a Tirreno-Adriático, a Volta à Romandia, a Volta à Eslovénia e a Volta à Suíça no seu calendário. "Tentativa e erro. Qual é a melhor forma de corrermos em equipa. Como é que no final posso fazer uma corrida ofensiva. Esse tipo de coisas".
Tendo em conta os líderes para as Grandes Voltas existentes no plantel da Visma, o jovem de 21 anos tem todo o tempo do mundo para crescer como ciclista. "Tenho no Primoz Roglic e no Jonas Vingegaard dois grandes exemplos", observa. "Agora tenho de dar o passo para me tornar mais um finalizador. Porque o objectivo da equipa e o meu próprio é acabar por competir pelo pódio numa grande volta, ou mesmo ganhar. Para isso acontecer, tenho de dar o próximo passo".