Diretor da Visma surpreendido com desempenho de Vingegaard no contrarrelógio do Tour: "Não era isto que estávamos à espera"

Ciclismo
quinta-feira, 10 julho 2025 a 9:42
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Grischa Niermann, diretor desportivo da Team Visma | Lease a Bike, não escondeu a surpresa e frustração com a prestação de Jonas Vingegaard no contrarrelógio de hoje. Antes mesmo de trocar impressões com o seu líder de equipa, o diretor alemão admitiu que o desempenho do dinamarquês ficou muito aquém do esperado. Vingegaard cedeu 1:05 para Tadej Pogacar nos 33 quilómetros da luta contra o cronómetro, um desfecho difícil de digerir para a estrutura neerlandesa.
"Não era isto que estávamos à espera. Ainda não falei com o Jonas, por isso não sei explicar o que aconteceu. Mas ele tem vindo a perder tempo de forma constante para os principais adversários, e isso claramente não estava nos nossos planos", afirmou Niermann à chegada, visivelmente abalado.
O diretor desportivo sublinhou que os sinais de dificuldades surgiram logo nos primeiros quilómetros: "Após quatro quilómetros já estava a perder oito segundos. E essa tendência manteve-se ao longo de todo o exercício. Os outros estavam claramente mais fortes, e agora estamos com um minuto de atraso."
A má prestação relegou Vingegaard para o quarto lugar da classificação geral, numa posição em que já se vê obrigado a correr atrás do prejuízo face a um Pogacar em clara ascensão. O esloveno, campeão do mundo, tem agora margem para adoptar uma postura mais defensiva.
O resultado fora do top 10 do dia foi ainda mais amargo tendo em conta o investimento feito nesta etapa. "O Jonas trabalhou intensamente na bicicleta de contrarrelógio. Sabíamos da importância deste dia e preparámo-lo ao detalhe. À partida, admitíamos a hipótese de perder algum tempo, tal como ganhar, mas este desfecho é uma desilusão profunda. Passar ao ataque? Não temos outra alternativa", reconheceu Niermann.
Nem todos os elementos da equipa ficaram abaixo das expetativas. Enquanto Matteo Jorgenson também rubricou uma performance modesta, Edoardo Affini brilhou e fechou o dia com o terceiro melhor tempo, provando que não se tratou de uma quebra coletiva. "Portanto, não podemos atribuir isto a um problema generalizado da equipa. Algo não funcionou com o Jonas, mas ainda não sabemos o quê. A nossa abordagem geral não será alterada, mas temos de encontrar uma forma de recuperar este tempo. Para já, não há desculpas", concluiu Niermann.
A Visma enfrenta agora um dilema tático: assumir o controlo da corrida mais cedo do que previa, ou confiar na recuperação de Vingegaard nas etapas de montanha. Seja qual for o caminho escolhido, a margem para erro encurtou drasticamente.
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