Ganna desiludido com o 8.º lugar na Volta à Flandres, mas já aponta baterias a Roubaix

Ciclismo
domingo, 06 abril 2025 a 21:30
filippoganna

Depois do brilhantismo demonstrado na Milan-Sanremo, Filippo Ganna não conseguiu replicar a mesma performance na segunda grande clássica da sua campanha de primavera. O italiano da INEOS Grenadiers terminou a Volta à Flandres de 2025 na oitava posição, a 2:19 do vencedor, Tadej Pogacar — um resultado sólido, mas que soube a pouco para o potente contrarrelógista.

Apesar de figurar no top-10 de um dos Monumentos mais exigentes do calendário, Ganna admitiu que sai da Flandres com um sabor amargo na boca: “Hoje, o nosso líder era o Magnus Sheffield,” revelou no final da prova. “A nossa estratégia passava por posicionar-nos à frente dos favoritos antes do último Kwaremont, mas tivemos de gastar demasiadas forças para o conseguir. Depois, o Magnus caiu nos paralelos e isso complicou tudo.”

A abordagem ofensiva da INEOS acabou por ter um custo elevado em termos de energia, sobretudo para Ganna, que tentou aguentar-se o máximo possível com os homens da frente: “O plano era poupar energia até ao final e tentar estar frescos nas subidas decisivas. Mas as minhas pernas não estavam onde eu esperava. Sofri bastante, especialmente nos últimos 50 quilómetros.”

O italiano de 28 anos reconhece que, nas circunstâncias em que a corrida se desenrolou, um oitavo lugar era provavelmente o melhor resultado possível: “Cumpri o que tínhamos delineado. Não foi o dia ideal, mas fiz o meu trabalho.”

Ganna, que já este ano surpreendeu com o terceiro lugar em Sanremo, está cada vez mais afirmado como um ciclista capaz de lutar nas clássicas empedradas — embora ainda lhe falte aquele toque final nas corridas mais explosivas e táticas como a Flandres. O seu verdadeiro palco poderá estar à vista: “Agora é recuperar bem e focar já em Paris-Roubaix, que é o meu grande objetivo da primavera.”

Com o seu motor e perfil de especialista no pavé, Ganna voltará a ser uma carta importante para a INEOS no Inferno do Norte, onde um resultado histórico está longe de ser um sonho irrealista.

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