Johan Bruyneel confessou sentir-se arrepiado com tremendo início do Dauphiné: "Pogacar e Vingegaard estão a voar"

Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard e Remco Evenepoel frente a frente... não, ainda não é Natal nem a Volta a França. Mas este Critérium du Dauphiné conseguiu reunir as principais estrelas do pelotão atual, numa corrida que se revelou vibrante desde o tiro de partida.

"É algo único vê-los a competir diretamente na preparação para o Tour", observou Johan Bruyneel no podcast The Move. O antigo diretor desportivo confessou sentir arrepios ao ver Pogacar, Vingegaard e Evenepoel lado a lado na lista de inscritos. "Normalmente, um aposta no Dauphiné, outro na Volta à Suiça e o terceiro prefere treinos em altitude. Ter os três aqui é fascinante."

Bruyneel reforçou que o Dauphiné oferece a preparação ideal para a Volta a França. "É melhor do que a Volta à Suiça porque acontece uma semana antes. Depois do Dauphiné, há tempo suficiente para afinar detalhes, reconhecer etapas nos Alpes e treinar em altitude. Em abril e maio ainda se pode encontrar neve nas montanhas, por isso junho é o momento perfeito."

O belga também destacou como o cenário mudou em relação à sua época: "Há quinze ou vinte anos, o Dauphiné era puramente preparatório. Podia-se atacar num ou dois dias e gerir o esforço no resto da semana. Chegar em quinto ou sexto sendo favorito ao Tour não gerava qualquer alarme. Agora, a pressão é outra. Estes ciclistas competem muito pouco durante a época, então quando correm, entregam-se completamente."

E basta olhar para a primeira etapa para perceber que ninguém está ali apenas para ‘tomar o pulso’ à competição. "Parece-me que tanto Pogacar como Vingegaard já estão a voar. Jonas apresenta números próximos dos melhores da carreira e Tadej está perto da sua melhor forma de sempre. Acredito que veremos um duelo ainda mais equilibrado do que o que assistimos na Volta a França do ano passado", analisou Bruyneel. "E Remco? Está visivelmente melhor do que em 2024."