Jonas Vingegaard sobre a 1ª etapa da Volta ao Algarve: "Não havia nada que nos indicasse que devíamos virar à esquerda, por isso fomos pelo o caminho mais curto"

A etapa de abertura da Volta ao Algarve 2025 causou muito mais agitação do que se esperava. O que deveria ter sido uma chegada ao sprint transformou-se num caos quando a maior parte do pelotão se enganou na última rotunda antes da chegada, com os ciclistas a voarem a toda a velocidade pelo lado errado das barreiras.

"A culpa é dos organizadores. Os ciclistas estão stressados", diz o especialista em ciclismo Brian Holm ao Ekstra Bladet. Na sua opinião, o percurso correto deveria ter sido mais bem traçado para evitar esta situação caótica.

De acordo com Holm, os atletas que ultrapassam os seus limites não devem ser obrigados a pensar para que lado devem ir. "Aposto que alguns dos ciclistas sabiam que estavam a ir pelo lado errado, mas não se podem mexer. Estamos no pelotão e temos de o seguir. Se virarmos para a esquerda quando os outros estão a ir para a direita, caímos. Simplesmente não há oxigénio no cérebro do primeiro ciclista".

Foi um milagre que ninguém se tivesse magoado naquela situação. "Felizmente, ninguém se despistou e caiu. A primeira coisa que pensei foi 'não, não, não, e se alguém bater num carro?

"Não havia crianças a atravessar a rua naquele momento. Imaginem um campo com uma manada de bois que vem a correr. Os ciclistas são um maremoto na estrada. Imaginemos que alguém quer atravessar a estrada a correr e depois vem o pelotão. É um episódio insanamente perigoso. Podemos agradecer aos poderes superiores por não ter havido espectadores ou ciclistas a baterem uns nos outros".

Jonas Vingegaard

"Não havia ninguém para nos indicar o caminho. Havia uma rotunda que não estava devidamente bloqueada. Não havia nada que nos indicasse que devíamos virar à esquerda, por isso fomos pelo caminho mais curto - o da direita. É muito normal", disse Jonas Vingegaard ao Ekstra Bladet após a etapa.