Um documento de 23 páginas divulgado à imprensa e às equipas durante a última Volta a Espanha, no qual os nomes do dirigente da Caja Rural - Seguros RGA, Juan Manuel Hernández, e de vários ciclistas (o nome de Orluis Aular foi divulgado) eram associados ao médico Marcos Maynar e à Operação Ilex, levou a equipa de Navarra a responder aos artigos de imprensa dos últimos dias.
Numa entrevista ao Diario de Navarra, Hernández fala de tudo e nega categoricamente que a sua equipa tenha algo a ver com doping.
FILTRAGEM
"Não foi uma bomba. Sabíamos que estava lá desde a Vuelta. Seguimos os prazos devidos para apresentar a queixa."
DENUNCIA
"Foi apresentada uma queixa à Guardia Civil (polícia espanhola), que já detectou o alegado autor da fuga de informação. Não sabemos quem é; saberemos com a queixa que apresentámos. Podemos ter as nossas suspeitas, mas ainda não é oficial".
DOPING
"O dano que foi causado à imagem da equipa é importante, sabendo que não temos nada a ver com Maynar. Trabalhamos com a Universidade de Cáceres, como também trabalhamos com a Universidade de Madrid e de Múrcia. Fomos envolvidos numa conspiração de doping com a qual não temos nada a ver. Não estamos envolvidos no caso. Muitos ciclistas de muitas equipas trabalham com a Universidade de Cáceres e não estamos envolvidos em nenhum caso ou processo. A UCO (Guardia Civil, ed.) apresentou a queixa para nos defender, porque não temos nada a ver com isso".
DECLARA-SE QUE ELE LEVOU CICLISTAS EM PÚBLICO AO DR. MARCOS MAYNAR
"Claro que sim. Sou eu que falo com os treinadores, porque sou o diretor da equipa. Fui à Universidade de Cáceres, estive lá e não conheci o Maynar. Levei quatro ciclistas, cujos nomes não vou dizer. Os outros vão a Madrid, à UCAN ou a título individual".
CONVERSAÇÕES NO WHATSAPP
"Não são minhas, são entre ciclistas que as levaram e pouco mais. Só estive em Cáceres uma vez e o Maynar não estava lá. Não tive qualquer contacto com ele. Não há nenhuma escuta da minha parte. Levei-os lá porque sou o chefe de equipa e sou eu que negoceio com toda a gente".
UNIVERSIDADE DE CÁCERES RELACIONADA COM A OPERAÇÃO ILEX
"Até o assunto explodir, não fazíamos ideia. Estávamos a trabalhar com um tal Nacho, que mais tarde também apareceu implicado. Trabalhava na preparação física de alguns dos nossos ciclistas, tal como era responsável pela preparação de outros de muitas outras equipas. Em lado nenhum parece que os nossos ciclistas tenham tomado ou feito algo de anormal".
REACÇÃO DOS CICLISTAS
"Logo que o assunto veio a lume, deixámos de trabalhar com essa universidade. Fornecemos à UCO todas as informações que nos pediram. Mas nunca, nunca estivemos envolvidos em nada. É por isso que estamos calmos.
E O FUTURO?
"Nem a UCI nem ninguém nos disse nada porque não há nada. Não está no papel e esperamos que não esteja. Podemos justificar de todas as formas que não temos nada a ver com a conspiração Ilex. Foi por isso que denunciámos. Sabemos o que está nesse dossier, como foi feito e como tudo foi retirado do contexto. Não há nada aqui e é muito triste que tenhamos de nos defender. Mas houve alguém que agiu de muito má fé".
Artigo escrito por Juan Larra.
#OperaciónILEX 💉 💊 El #Actovegin, sustancia recomendada por Maynar a López, es un fármaco de uso veterinario cuya venta está desaprobada en países como España y Francia. 🗂️ La @wada_ama advierte que este tipo de drogas están prohibidas. ➕ Info mañana en @sobre_ciclismo
