Mads Pedersen vence etapa 6 do Paris-Nice em dia marcado por vento. João Almeida é apanhado nos cortes e perde quase 2 minutos!

A etapa 6 do Paris-Nice foi o último dia plano da corrida, mas talvez aquele que abriu as maiores diferenças entre os candidatos à vitória na geral. João Almeida, Lenny Martínez e Brandon McNulty perderam quase minutos para Matteo Jorgenson, Mattias Skjelmose e Florian Lipowitz nos ventos laterais, enquanto Mads Pedersen venceu o sprint final entre os que terminaram na frente.

209 quilómetros no menu e, apesar de ser a última etapa plana da corrida, os ciclistas não estavam, de forma alguma, à espera de um dia relaxado antes de um fim de semana montanhoso. Thomas Gachinard, Rémi Cavagna e Jakub Otruba formaram a fuga do dia, que nunca chegou a ter uma grande vantagem, uma vez que o pelotão sabia que haveria fortes ventos de cauda durante todo o dia, o que poderia dificultar a perseguição.

De facto, o ritmo acelerado fez com que tanto Otruba como Gachinard abandonassem a fuga logo no início, deixando apenas Cavagna isolado na frente a 90 quilómetros do final. Mas o francês teve companhia mais cedo do que o esperado, uma vez que a Visma - agora sem Jonas Vingegaard, que não começou a etapa por precaução - chegou-se à frente do pelotão numa secção de vento lateral e partiu o pelotão a meio.

Este ataque fez com que todos os seis ciclistas da equipa holandesa chegassem ao grupo de 17 ciclistas que se formou, incluindo também seis INEOS Grenadiers; Mads Pedersen e Mattias Skjelmose da Lidl-Trek; Matteo Sobrero e Florian Lipowitz da Red Bull - BORA e Max Schachmann que é um ex-vencedor do Paris-Nice por duas ocasiões. Cavagna foi apanhado quando faltavam 42 quilómetros para o final e mais tarde esperou pelo pelotão.

No sprint intermédio, Jorgenson ganhou mais 6 segundos de bonificação, com Skjelmose e Lipowitz a obterem 4 e 2 segundos respetivamente. O grupo trabalhou bem em conjunto para construir uma diferença de quase dois minutos para o pelotão que conta com ciclistas como João Almeida e Lenny Martínez (que tinham vencido entre eles as duas etapas anteriores).

Max Schachmann tentou um ataque tardio, mas acabou por terminar num sprint onde os mais rápidos do grupo lutaram pela vitória. Aqui, Mads Pedersen provou ser o mais forte do dia, vencendo à chuva, à frente de Samuel Watson e Axel Zingle.