Com mais de 3.000 metros de desnível acumulado e uma subida com 3,2 km a 11%, esperava-se que a 1ª etapa da
Volta à Romandia tivesse sido um verdadeiro teste para os trepadores. No entanto, o desfecho do dia surpreendeu, ao ser disputado ao sprint entre os resistentes, e o jovem
Matthew Brennan voltou a destacar-se, conquistando a sua terceira vitória no World Tour aos 19 anos, após duas vitórias na Volta à Catalunha.
“Quando cheguei à subida, senti que tinha boas pernas e que conseguiria resistir até ao fim”, afirmou Brennan após a corrida. “Os rapazes colocaram-me numa excelente posição desde o início e protegeram-me muito bem.”
Apesar de um final caótico e de um esforço dispendioso para se manter entre os primeiros, Brennan soube guardar energia suficiente para lançar o seu sprint na altura certa, impondo-se de forma clara à frente de Aurélien Paret-Peintre e Artem Schmidt.
“Foi uma chegada complicada. No final, consegui seguir as rodas certas. Tive de gastar muita energia para me posicionar. Quando se está a lutar para manter a roda, é bastante difícil. Mas consegui manter-me bem posicionado. Ganhei com mais margem do que esperava, mas nestas situações é preciso reagir instintivamente.”
A subida final em Friburgo parecia ideal para que existissem ataques, mas a hesitação do pelotão abriu a porta a um sprint restrito, cenário em que Brennan, bem colocado e com pernas, aproveitou na perfeição.
Integrado numa geração jovem e talentosa da
Team Visma | Lease a Bike, Brennan é, cada vez mais, uma certeza do presente.
“Queríamos muito conquistar algo aqui. Todos na equipa estão contentes. Não sei se haverá mais etapas ao meu estilo, mas veremos. Ganhar outra etapa seria fantástico. Agora espero poder ajudar o Jorgen Nordhagen nas etapas mais montanhosas. Estou muito ansioso pelos próximos dias.”
Sobre o seu potencial, Brennan mostrou-se descontraído, mas consciente da fase especial que está a viver: “Não faço ideia quais são os meus limites. Nem os meus treinadores sabem. Estamos constantemente a explorar até onde posso ir. Estamos a ultrapassar os limites, é uma altura muito fixe.”