Milan Vader: “Pidcock sabe o que quer e entrega-se aos objectivos”

Milan Vader está a viver a sua primeira Grande Volta como profissional de estrada, e fá-lo ao serviço de Tom Pidcock na Q36.5 Pro Cycling Team na Volta a Itália de 2025. O ciclista holandês de 29 anos, que já passou pela Team Visma | Lease a Bike e teve uma carreira de sucesso no BTT, está a adaptar-se bem à realidade da alta competição por etapas, reconhecendo desde já o impacto de correr ao lado de uma estrela como Pidcock.

“Estava inscrito como suplente para o Giro, mas mantive a hipótese de poder participar sempre presente. Uma semana antes de começar a corrida, recebi a confirmação de que iria alinhar à partida”, explicou Vader ao IDL Pro Cycling, numa conversa onde partilhou o entusiasmo de estar inserido num contexto mais exigente. “Não me surpreende o ambiente, mas sente-se que tudo é levado um pouco mais a sério, há mais atenção aos detalhes.”

Contratado esta temporada, tal como o próprio Pidcock, Vader encara este Giro com modéstia nas ambições: “A preparação correu bem, mas não estou a colocar a fasquia demasiado alta para mim. Só quero chegar a Roma. Para uma primeira participação, isso já seria um grande feito.”

Com funções claramente definidas, o holandês tem-se dedicado a apoiar os líderes da equipa, Tom Pidcock nas etapas exigentes e Matteo Moschetti nos dias das chegadas ao sprint. A relação com o britânico tem-se revelado próxima e fluida, algo que Vader atribui ao passado no BTT. “Nunca fomos propriamente próximos nas corridas de BTT, mas falávamos regularmente no pelotão. Acho que há uma empatia natural entre nós, temos um passado partilhado.”

Vader elogia abertamente a forma como Pidcock lidera: “O Tom sabe exactamente o que quer. A sua concentração é de outro nível e entrega-se verdadeiramente aos objectivos. É nessas circunstâncias que ele funciona melhor. É claro que ele recebe muita atenção, mas tenta partilhá-la com os colegas de equipa. É mais do género: eles também merecem o reconhecimento.”

Apesar da tranquilidade, Vader não esconde que os desafios do Giro são imensos: “Nas subidas as pernas estão a responder bem, mas ainda não penso na última semana. Numa Grande Volta tudo se faz dia a dia, é assim que temos de encarar esta corrida.”