Nils Politt sobre as ambições para a Paris-Roubaix e do colega de equipa Pogacar: "Quero ter as pernas do Tadej, só uma vez"

Nils Politt tem sido, desde há muitos anos, um ciclista de clássicas de qualidade e a sua época de estreia na UAE Team Emirates - XRG foi talvez a melhor da sua carreira. Pódio na Omloop Het Nieuwsblad e na Volta à Flandres, 4º na Paris-Roubaix, campeão nacional alemão de contrarrelógio e uma figura chave na vitória de Tadej Pogacar na Volta à França. O alemão está ansioso por fazer equipa com o Campeão do Mundo esta primavera e tem falado muito da Paris-Roubaix.

"Com certeza que Roubaix é um dos meus maiores objectivos. É a que mais se adequa às minhas caraterísticas, lá todas as estradas são planas, por isso é tudo uma questão de potência e isso adequa-se bastante bem ás minhas características", disse Politt à Cyclingnews. O ciclista de 30 anos foi segundo em 2019 e provou ter tudo para poder vencer a corrida - especialmente com uma equipa tão forte.

Em 2024 acredita que esteve longe da vitória, apenas por causa de um ciclista. "Eu não estava na posição certa quando o Mathieu van der Poel atacou na Roubaix. Mas o ano passado ele esteve super forte na mesma. Haviam três homens que iam a todo o gás atrás dele, mas mesmo assim conseguiu uma diferença de dois minutos, quase três, no final".

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Politt, que já teve a sua quota parte de corridas em Maiorca e no Algarve esta época, vai agora disputar o fim de semana de abertura das clássicas empedradas, onde será um outsider interessante para ambas as corridas e uma das muitas cartas da equipa dos Emirados Árabes Unidos, ao lado de nomes como Tim Wellens, Jhonatan Narváez e António Morgado. O seu calendário para o futuro ainda não está confirmado, mas os monumentos empedrados são um objetivo certo.

"Espero que este ano quando voltar a Roubaix, tenha umas pernas super fortes. Digo sempre que só quero ter as pernas do Tadej, só uma vez. Mesmo que ele só esteja a 90%, por mim tudo bem", brinca. "Mas em todo o caso, estamos todos a aprender com ele, não é ele que aprende connosco".

Pogacar a correr na Roubaix é uma das questões mais pertinentes do momento. Embora seja claro que não haverá uma resposta até aos dias ou uma semana antes da corrida, Politt foi questionado e partilhou o que acha sobre essa possibilidade.

"De certeza que se ele não a fizer, isso dá-me mais hipóteses. Pogacar estará de volta ás corridas nas Clássicas e se estiver na Roubaix, estará na frente da corrida e os nossos objectivos pessoais recuam", conta. "Mas quando se trata de eu tentar obter um bom resultado, não há problema nenhum. Por vezes, é mais fácil tê-lo como líder na corrida, porque estamos mais concentrados. Depois, se ele estiver na frente, podemos relaxar e colocar mais pressão sobre os outros rivais."

Apesar de faltarem as subidas no "Inferno do Norte", Politt não duvida que o seu colega de equipa possa fazer a diferença decisiva em alguns momentos da corrida. "Viram-no a subir o Kwaremont? Passou por mim como se estivesse numa mota. Se ele fizer a mesma coisa num sector como o Mons-en-Pevele na Paris-Roubaix ou noutras subidas, pode meter muita força nos pedais."

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