Philippa York sobre Adam Yates: "O Adam da UAE Team Emirates evoluiu muito relativamente ao Adam da INEOS e da Mitchelton-Scott "

Depois do pódio na Volta a França de 2023, não está fora de questão um resultado semelhante para Adam Yates na edição de 2024, especialmente depois da sua recente vitória na geral na Volta a Suíça. Emergindo como um dos melhores trepadores de todo o pelotão, o braço direito de Tadej Pogacar melhorou muito desde que se juntou à UAE Team Emirates.

"Todos os dias, a partir da 4ª etapa, foram uma demonstração de força da UAE Team Emirates", recorda Philippa York sobre a Volta à Suíça na sua coluna para Cycling News. "É muito raro ver uma demonstração de força colectiva onde dois ciclistas da mesma equipa trocam vitórias entre si em dias consecutivos, mas foi o que aconteceu, com Adam Yates a vencer as etapas 5 e 7 e João Almeida a vencer as etapas 6 e 8. Se não fosse Torstein Traeen a aguentar-se isolado, vindo da fuga, no topo da chegada em Gotthard, teria sido outra vitória para o Adam Yates."

Apesar de Yates ter sido considerado durante muito tempo como um ciclista com potencial para vencer uma Grande Volta, o tempo passado na Mitchelton-Scott (agora Team Jayco AlUla) ao lado do seu irmão Simon Yates e uma mudança para a INEOS Grenadiers não fizeram despontar verdadeiramente o potencial do ciclista britânico. No entanto, desde que se juntou à UAE Team Emirates no início da época de 2023, alguma coisa mudou em Yates.

"É notável os progressos que o Adam fez desde que se mudou da Ineos, onde não se conseguiu impor perante a abundância de talentos", analisa York, que ganhou 3 etapas da Volta a França na sua carreira. "Ganhou a Catalunha e a Volta à Alemanha, mas quatro vitórias em duas épocas são insignificantes quando comparadas com o que conseguiu desde que se juntou à UAE. Penso que é justo dizer que ele era o menos mediático dos gémeos Yates, pois o irmão Simon superava-o, mas isso mudou completamente desde a época passada."

"As capacidades de trepador do Adam subiram de nível e a sua concentração também, uma vez que já não anda perdido na parte de trás do pelotão como costumava fazer com na Michelton-Scott", continua York, impressionada com a evolução de Yates na última época e meia.

"Tornou-se uma espécie de arma da equipa, seja como um dos principais apoios a Tadej Pogacar ou, como vimos na Suíça, como o homem que termina o trabalho feito pelos seus colegas de equipa quando se trata de uma chegada em alta montanha." York conclui. "A vitória de Yates na classificação geral deveu-se em grande parte à sua nova motivação para atacar os rivais em vez de esperar que alguém possa fazer a corrida."