Tadej Pogacar voltou a vencer no
Critérium du Dauphiné, somando o segundo triunfo consecutivo e consolidando ainda mais a sua posição como líder da classificação geral. No entanto, o esloveno não teve um dia tranquilo e enfrentou múltiplas ofensivas da
Team Visma | Lease a Bike antes de se impor na subida final.
"Hoje queríamos assumir o controlo nas subidas, mas a Visma tentou atrapalhar com todo o tipo de ataques. Estou muito contente com a forma como o Pavel [Sivakov] correu hoje e com o resto da equipa", afirmou Pogacar após cruzar a meta, aliviado por superar uma etapa marcada pelo desgaste táctico.
A UAE Team Emirates pretendia controlar o ritmo nas principais ascensões, mas a Visma conhecia bem o plano e procurou destabilizar com um leque variado de iniciativas ofensivas. Sepp Kuss integrou a fuga do dia, enquanto Matteo Jorgenson lançou dois ataques consecutivos, primeiro no Col de la Madeleine e depois no Col de la Croix de Fer, obrigando Remco Evenepoel e o próprio Pogacar a responder diretamente.
Tadej Pogacar voltou a vencer isolado no Criterium du Dauphiné
"Eles atacaram antes do topo da Croix de Fer e queriam largar-me na descida. Tornaram a primeira parte bastante perigosa, não gostei disso. Mas o ciclismo moderno é assim. O Pavel voltou e recuperou o controlo, depois ficou tudo bem", comentou Pogacar, destacando o papel crucial do francês naturalizado russo na reposição da ordem.
Tal como na etapa anterior com final na Côte de Domancy, a UAE não esperou pela leitura da corrida feita pela Visma e optou por endurecer o ritmo desde cedo, lançando Pogacar em condições ideais. “Mantive um bom ritmo até ao topo, estou muito contente por ter conseguido defender a camisola desta forma", acrescentou o camisola amarela.
O ataque decisivo surgiu a 11,5 quilómetros da meta, num movimento que, mais uma vez, ninguém conseguiu contrariar. “O Jonas estava muito forte hoje, mas eu não queria ir muito a fundo. Estava muito calor e era uma subida muito longa. Felizmente, tive tempo suficiente para ter calma e recuperar no último quilómetro. Mas sabemos que eles vão estar mais fortes no Tour. Mas também teremos dois novos trepadores, o que é bom", concluiu o esloveno, já a projetar o embate decisivo na Volta a França.
Apesar da pressão imposta pela Visma, Pogacar voltou a mostrar autoridade nos momentos-chave, reforçando o seu favoritismo no Dauphiné e deixando o aviso claro para julho.