Romain Bardet revela o maior arrependimento na sua carreira: "Devia ter-me concentrado no Giro ou na Vuelta mais cedo"

Ciclismo
quinta-feira, 09 janeiro 2025 a 21:30
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Em 2025, Romain Bardet inicia os últimos meses da sua carreira de ciclista profissional. Mas antes do final no Criterium du Dauphine 2025, o francês da Team DSM-Firmenich PostNL reflete sobre a sua carreira no pelotão.

Outrora uma das grandes esperanças do ciclismo francês, Bardet parecia ter todas as probabilidades de acabar com a espera de um vencedor da Volta a França em meados da década de 2010, terminando em segundo lugar atrás de Chris Froome na edição de 2016 e acrescentando um 3º lugar na geral ao seu palmarés em 2017. No entanto, a vitória na Grande Volta nunca se concretizou e Bardet admite que se arrepende de se ter concentrado demasiado no Tour durante o pico da sua carreira.

"A minha maior frustração foi não me ter concentrado mais cedo em ganhar outra Grande Volta que não o Tour", explica Bardet em conversa com a Rouleur. "Depois de ter terminado em segundo lugar no Tour de 2016 e em terceiro no Tour de 2017, devia ter-me concentrado no Giro ou na Vuelta. Em 2018 ou 2019, deveria ter reorientado o meu foco para outra Grande Volta, para ganhar ou pelo menos terminar no pódio. Esse é o único arrependimento que tenho, olhando para trás na minha carreira".

Embora Bardet tenha acabado por mudar para as outras Grandes Voltas, ficando no top 10 do Giro em 2021 e 2024, acabou por nunca conseguir vencer uma Grande Volta: "Durante anos fui um ciclista que pedalava com o objetivo de ganhar uma Grande Volta e sei que isso já não é possível. Hoje em dia tenho de fazer ainda mais sacrifícios do que antes e, para ser sincero, acho que nem sequer consigo terminar no pódio de uma Grande Volta", admite explicando a decisão de dar por terminada a carreira profissional. "Penso que 2022 foi praticamente a minha última oportunidade para obter esse resultado. Chega-se a um ponto em que a balança pende para o lado errado e não vale a pena fazer tantos sacrifícios por poucos resultados. Perdi a vontade de dar tudo para terminar apenas entre os dez primeiros. Tenho 33 anos e acho que tive uma carreira muito, muito boa. Por isso, para mim, parar agora é um cenário de sonho".

"Não sei realmente o que vou fazer quando me reformar. Tenho várias ideias, mas, para ser sincero, ainda é muito cedo. O meu grande sonho é criar a minha própria equipa com um modelo diferente e valores diferentes, mas ainda é muito cedo para falar sobre isso. Primeiro, penso que é importante para mim tirar algum tempo e afastar-me um pouco. Uma coisa é certa, vou querer fazê-lo com a mesma energia e vontade que sempre tive ao longo da minha carreira", conclui. "O ciclismo fará sempre parte da minha vida. Não consigo imaginar uma altura em que deixe de andar de bicicleta. Talvez hajam períodos em que não tenha tempo para pedalar muito e tenha de o substituir por corrida, por exemplo, mas o ciclismo fará sempre parte da minha vida."

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