Tadej Pogacar imperial no Col du Galibier, com João Almeida fantástico

A UAE Team Emirates empenhou-se a fundo no ataque à 4ª etapa da Volta a França e viu o seu trabalho recompensado no final. Tadej Pogacar atacou na mítica montanha do Tour para descarregar Jonas Vingegaard e companhia, conseguindo a sua primeira vitória na corrida, saltando novamente para a camisola amarela e ganhando tempo significativo aos seus rivais.

O início da quarta etapa não se mostrou muito difícil, mas o ritmo era intenso e bastante alto, com muitos ciclistas a tentarem entrar na fuga. Isto levou a uma breve divisão do pelotão, com Primoz Roglic a ser surpeendido, mas isto foi resolvido pela BORA. No entanto, nem todos os ciclistas regressaram ao pelotão.

A fuga do dia foi composta por 17 homens, com nomes como Mathieu van der Poel, Alexey Lutsenko, Stephen Williams, Oier Lazkano e Warren Barguil. Um grupo que se manteve coeso durante toda a tarde, mas sempre com uma pequena vantagem sobre o pelotão comandado pela UAE Team Emirates, que vinha a impor o ritmo desde o início, mantendo a diferença controlada e a Visma sob pressão.

Só quando Lazkano atacou, a 32 quilómetros do final, é que se verificaram sérias lacunas no grupo da frente, com o espanhol a isolar-se na frente, mas sem conseguir aumentar a distância para o pelotão, onde os Emirados Árabes Unidos usaram Tim Wellens, Marc Soler, Juan Ayuso e principalmente João Almeida para estabelecer um ritmo duro na subida ao Col du Galibier.

Nos 8 quilómetros finais, os mais difíceis, Adam Yates, Juan Ayuso e João Almeida revezaram-se na cabeça do grupo, dizimando-o até ficar reduzido a menos de 10 ciclistas. Em grande parte quem partia todo o grupo sempre que entrava ao serviço era João Almeida, já que Ayuso se mantinha na parte de trás do grupo e por mais que uma vez vimos o português chamar pelo espanhol para vir trabalhar... Simon Yates e o líder da corrida, Richard Carapaz, descolaram logo no início, quando a pressão já era grande.

Yates saía e era João Almeida e Ayuso a manterem o ritmo no grupo até faltarem 900 metros para topo, onde, na secção mais íngreme, Tadej Pogacar lançou o seu ataque, inicialmente seguido por Jonas Vingegaard, mas com o dinamarquês a não conseguir aguentar o ritmo endiabrado de Pogui. Vingegaard estava cerca de 5 segundos atrás do esloveno no alto, com Remco Evenepoel a cerca de 10. Ayuso, Almeida, Carlos Rodríguez, Mikel Landa e Primoz Roglic tinham perdido cerca de 30 segundos.

Mas na descida as diferenças aumentaram substancialmente. Pogacar fazia a descida a fundo, Vingeggard perdia o lider da corrida de vista e Evenepoel não estava confortável com a descida muito técnica e rápida, enquanto Rodríguez voava montanha abaixo, com Roglic e Ayuso a seguirem-lo até apanhar Vingegaard, enquanto Evenepoel recolava ao grupo na aproximação aos quilometros finais.

Pogacar obteve uma vitória imperial em Valloire e volta a vestir a camisola amarela. Remco Evenepoel sprintou para o segundo lugar, com Juan Ayuso a chegar em terceiro a trinta e cinco segundos e Jonas Vingegaard a perder alguns segundos nos metros finais. João Almeida chegou com Mikel Landa perdendo apenas cerca de 12 segundos para o grupo de Evenepoel.

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