Já passaram 35 anos desde a última vez que a
Volta a França terminou de outra forma que não com um sprint em Paris. Em 1989, foi um desgosto para os fãs franceses, que viram Laurent Fignon perder a camisola amarela para Greg Lemond num contrarrelógio. Mas com os Jogos Olímpicos marcados para a semana seguinte à Grand Boucle, não era possível ter os dois eventos numa só cidade.
Assim, o camisola amarela
Tadej Pogacar preferia um "desfile de vitória" nos Campos Elísios no último dia, relativamente calmi, em vez de esperar todo o dia por uma partida tardia e depois correr uma etapa difícil.
"Vai ser diferente, sem dúvida, mas não me agrada, porque vou começar tão tarde, às 17:45 [menos uma hora em Portugal] da tarde,"
diz Pogacar. "Vai ser um dia muito longo só para um contrarrelógio, e é um dia muito difícil. Acho que preferia um sprint nos Campos Elísios. Mas", acrescenta diplomaticamente, "é algo diferente e estou ansioso por experimentar como é."
Tadej Pogacar tem 5 minutos e 14 segundos de vantagem sobre Jonas Vingegaard
Mesmo entre o pelotão, as opiniões sobre este final bastante invulgar variam. Enquanto alguns, especialmente os que vivem na região, como Hugo Houle, são a favor desta "irregularidade", a maioria concorda que não terminar em Paris é estranho e que não se deve tornar uma tradição.
"Se terminar num contrarrelógio, de vez em quando, por que não?", é a opinião de
Rolf Aldag, Diretor Desportivo da Bora, ele próprio nove vezes vencedor do Tour. "Só não quero ver um final em Bordéus em 2028 e depois em 2029 em Toulouse ou Montpellier. Para mim, é muito estranho e, a cada duas entrevistas, continuo a enganar-me, dizendo que estou ansioso por chegar a Paris."