Tata Martins é conhecida pelos seus sucessos no ciclismo de pista com as cores nacionais. Tata foi a primeira ciclista de pista a representar Portugal nos Jogos Olímpicos, tendo competido em Tóquio 2020 e novamente nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Ganhou reconhecimento internacional ao conquistar o bronze na prova de scratch nos Campeonatos do Mundo de Ciclismo de Pista de 2020, a primeira medalha feminina de sempre de Portugal em Campeonatos do Mundo de Pista, e o ouro na prova de scratch nos Campeonatos da Europa de 2023.
Este ano Maria Martins focou-se no ciclismo de pista com vista ao apuramento e participação nos Jogos Olimpicos de Paris, pelo que a atleta da Fenix-Deucenick não participou nas provas de estrada de um dia que tanto gosta, como a Paris-Roubaix, onde tinha participado nas 3 edições anteriores e este ano teve de ficar a ver a corrida... pela televisão.
No entanto as exibições de Tata Martins na estrada não cairam no esquecimento e para os próximos dois anos será companheira de equipa de Katarzyna Niewiadoma que venceu a Volta a França Feminina deste ano, Soraya Paladin ou da jovem promessa Zoe Backstedt, na equipa Canyon//SRAM Racing, num contrato válido para as próximas duas temporadas.
"A Maria tem demonstrado a sua versatilidade na estrada com fortes desempenhos em corridas de um dia. Em 2023, foi a primeira portuguesa a assinar por uma equipa feminina do World Tour e conta com um título nacional de estrada e um quinto lugar na clássica da primavera Brugge - De Panne. A sua capacidade de desempenho nas disciplinas de estrada e de pista faz dela uma ciclista completa e dinâmica com um futuro promissor" escreve a sua nova equipa sobre a atleta portuguesa.
"É um grande e importante passo na minha carreira de ciclista juntar-me à Canyon//SRAM Racing, especialmente depois de um ano afastada das corridas de estrada para me concentrar nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Fazer parte de uma equipa World Tour nas maiores corridas de ciclismo será especial. Acredito que posso ajudar a equipa a atingir os seus objectivos ao longo da época", diz Tata Martins ao website da Canyon.
"Para a próxima época, estou ansiosa por crescer como atleta, desenvolver os meus pontos fracos, explorar os meus pontos fortes e utilizá-los para obter a minha primeira vitória profissional. Vejo-me a fazer corridas de sprint e rápidas durante as clássicas e outras corridas em que possa contribuir com as minhas capacidades para o sucesso da equipa", continua a atleta de 25 anos.
Para 2025 Tata tem objectivos bem definidos e fala do que a levou a optar pela equipa. "A Canyon//SRAM Racing sempre representou profissionalismo, união e uma atmosfera única que mostra a essência da equipa. Identifico-me com os seus valores e, tendo os recursos e o apoio da equipa, estou confiante de que posso crescer física e mentalmente como atleta e usá-los para atingir os objectivos definidos pela equipa. Acredito que trago força para o treino de ataque nos sprints e para a equipa das clássicas.”
"Um dos momentos que me moldou como ciclista foi o processo de qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio e a própria corrida de omnium. Também participei nas três primeiras edições da Paris-Roubaix, em especial na primeira, onde chegar ao velódromo depois do caos e do sofrimento durante a corrida foi incrível. Estes dois momentos mostraram-me que devo confiar no processo e acreditar que todo o trabalho árduo e dedicação compensam sempre, ensinando-me a desfrutar da viagem até à meta", termina.