Thibau Nys partia para a La Flèche Wallonne 2025 com grandes expectativas, mas teve de se contentar com um 8.º lugar no Mur de Huy, incapaz de responder ao ataque final lançado por Tadej Pogacar. A estrela da
Lidl-Trek, ainda com apenas 22 anos, admitiu que as difíceis condições climatéricas foram um dos principais obstáculos ao longo do dia.
“Passei por dificuldades com o equipamento durante toda a corrida. Ou vestia demasiada roupa ou não vestia o suficiente”, explicou Nys ao Het Laatste Nieuws após a chegada. “Nas subidas, sentia-me a sobreaquecer, mas no resto do percurso tinha de lutar contra o frio. Foi realmente um exercício de equilíbrio.”
A chuva, o vento e as temperaturas baixas marcaram a jornada nas Ardenas e Nys confessou que o esforço constante para se adaptar às condições climatéricas acabou por cobrar um preço.
“Nas últimas duas horas de corrida, as mudanças constantes de roupa começaram a afetar-me. De cada vez que tentava acelerar, sentia as pernas a tremer por causa do frio. Foi aí que percebi que no Mur de Huy não iria conseguir sprintar.”
“Quando o Tadej arrancou, as minhas pernas simplesmente bloquearam. A partir daí, era só uma questão de resistir até à meta.”
Como se não bastasse, Nys viu também o plano da Lidl-Trek comprometido pela queda de Mattias Skjelmose a cerca de 30 km do fim, num duro golpe para a estratégia da equipa.
“Toda a gente estava a sofrer, menos o Tadej, que ainda parecia ter reservas para acelerar”, resumiu o belga. “No Mur, já era apenas uma luta contra mim próprio. O frio foi brutal… mas já estou ansioso por voltar aqui. Espero que da próxima vez possa dar tudo.”