Antes da Liège-Bastogne-Liège,
Tom Pidcock bateu recordes nos treinos, mas manteve o segredo. Esperava tentar a vitória este domingo, mas ficou com um 10º lugar que não satisfazia de modo algum as suas ambições naquela que era a última das clássicas da primavera.
A corrida do ciclista da
INEOS Grenadiers não foi simultaneamente a mais sortuda. Uma queda coletiva dividiu a corrida a 95 quilómetros do fim e, apesar de estar na parte da frente do corte, furou pouco depois e foi forçado a iniciar uma perseguição desnecessária. Juntamente com Mauri Vansevenant, conseguiu regressar ao pelotão, mas ficou aborrecido ao descobrir que o grupo do qual tinha atacado regressou com a ajuda da escolta.
"Tive de fazer um grande esforço. Acabei de ouvir que outros ciclistas conseguiram regressar atrás do carro. Isso é frustrante", admitiu o britânico numa entrevista após a corrida. "Fui muito fundo ali, rebentando as minhas próprias pernas. Foi uma pena. Porque não falei muito sobre isso antes desta corrida, mas esta semana bati todo o tipo de recordes durante os treinos. Estive muito bem".
Os esforços que fez nesta parte da corrida acabaram por ser fundamentais para o seu resultado, uma vez que já não tinha pernas para acompanhar os ataques quando estes começaram na Côte de la Redoute. De facto, um Top 10 era bastante improvável e só foi possível graças à colaboração com Mathieu van der Poel, entre outros, para regressar ao grupo perseguidor nos últimos quilómetros.
Conseguiu chegar a um décimo lugar na estrada, mas mesmo nesse sprint foi colocado numa má posição: "O sprint foi muito agitado. Eu nem sequer estava a fazer um sprint, estava encurralado. Tive de encontrar o meu caminho. Se estou satisfeito com a minha forma? As pernas são boas, eu sei. É frustrante, mas é assim que as coisas são". O seu calendário para a primavera nas estradas termina aqui, embora possa em breve participar em algumas provas de BTT em antecipação aos Jogos Olímpicos.
Sobre Egan Bernal, que fez uma corrida agressiva mas terminou muito atrás no grupo, Pidcock comentou "É tão bom vê-lo a correr assim outra vez. Ele teve de passar por mais coisas do que eu possa imaginar. Foi muito bom ele estar lá. Quem sabe o que poderia ter sido possível se tudo tivesse corrido bem. Podíamos ter jogado duas cartas".