Depois de a Team Visma | Lease a Bike ter vencido tanto a Paris-Nice como a Tirreno-Adriatico na semana passada, levantou-se mais uma vez a questão de saber se o domínio de algumas super equipas é bom para o desporto. Não se trata apenas de corridas por etapas, já que nas Clássicas a equipa holandesa venceu ambas as corridas no Opening Weekend e tem, de longe, a equipa mais forte em todas as corridas em que alinha.
Numa entrevista ao podcast In Het Wiel, o ciclista da BEAT Cycling e colunista regular da publicação holandesa AD
Thijs Zonneveld comentou os factos: "Penso que um desporto saudável precisa de muitas flutuações no topo. Que haja muitas equipas com recursos financeiros e visão para competir no topo. Vimos isso desaparecer nos últimos anos e não vejo que vá mudar tão cedo".
Nos Grand Tours desta época, é pouco provável que vejamos a Visma repetir o que fez no ano passado ao vencer as três corridas, mas será difícil bater
Jonas Vingegaard na
Volta a França. Com talentos em ascensão, como Matteo Jorgenson e Cian Uijtdebroeks, bem como figuras experientes como Sepp Kuss e Wilco Kelderman, a equipa terá, sem dúvida, uma força em profundidade nas corridas deste ano.
Sobre as equipas que poderão desafiar a equipa holandesa nas grandes corridas deste ano, Zonneveld disse que "ao lado da Visma | Lease a Bike ainda temos a
UAE Team Emirates com
Tadej Pogacar, a BORA-hansgrohe com
Primoz Roglic e a Soudal Quick-Step com o
Remco Evenepoel. Mas com os dois últimos não é tão estrutural como com a UAE e a Visma. É aí que eles realmente se apropriam da qualidade".