"Um dia vencê-la já não parece impossível" Lucas Lopes foi o melhor português na Sra da Graça e lidera a juventude na Volta a Portugal

O diretor desportivo da Rádio Popular - Paredes - Boavista, José Santos, escolheu com critério o jovem Lucas Lopes como carta chave da formação para esta Volta a Portugal. Com apenas 22 anos e ao serviço da equipa axadrezada na sua primeira temporada como profissional, o ciclista natural da Póvoa de Varzim já se afirmou como uma das maiores promessas da nova geração do ciclismo português. Este ano conquistou a Volta a Portugal do Futuro e o título de campeão nacional de contrarrelógio sub-23, entre maio e junho, acumulando resultados notáveis nas provas do pelotão nacional.

A aposta de José Santos ficou comprovada logo na primeira etapa em linha da prova. Na etapa com chegada no Sameiro, Lucas Lopes alcançou o sexto lugar com o mesmo tempo do vencedor, Nicolas Tivani (Argentina).

Mas foi no quarto dia, ao subir à Senhora da Graça (Monte Farinha), que o poveiro saltou para o destaque, cruzando a meta num surpreendente quarto posto, a apenas 18 segundos do sul-africano Byron Munton.

Depois da tirada, já como líder da classificação da juventude, Lucas tentou controlar a excitação ao falar com a imprensa: "A etapa correu-me bem. Senti-me sempre bem ao longo do percurso e aqui, no final, tinha de rematar e dei o meu melhor. E acho que foi... bonito". E não se conteve ao partilhar ambições: "Um dia vencer a Volta a Portugal? Sim, é um objetivo, se calhar, um bocado longínquo, mas creio que depois de hoje não é impossível".

Este sentimento de confiança reforçou-se ainda mais na subida ao Monte Farinha: "Bem, no início foi um bocado duro, mas lá consegui encontrar o meu ritmo e conseguir acompanhar os melhores desta Volta a Portugal. Claro que isso dá-me uma grande, grande motivação para o que aí vem". Fechou com uma frase de coragem serena: "Sendo impossível vencer esta Volta, agora creio já estou mais perto de um dia consegui-lo..."

Se em 2024 brilhou no escalão de sub-23, com 3 vitórias, incluindo a classificação geral da Volta a Salamanca, e foi 12º no Tour de l'Avenir, em 2025 está a dar cartas entre os elites, no pelotão português, e o céu pode ser o limite para Lucas Lopes.

Créditos da foto: Boavista (facebook)