VÍDEO - Imagens "on-board" mostram a queda de Jonas Vingegaard na 2ª etapa da Volta a Espanha - "Senti dores no joelho"

A Team Visma | Lease a Bike viveu um dia de contrastes na Volta a Espanha. Mais de metade da equipa foi ao chão numa queda coletiva a alta velocidade, mas Jonas Vingegaard reagiu com frieza e transformou a etapa em Limone num triunfo que lhe valeu a camisola vermelha. O dinamarquês, ainda com marcas da queda, mostrou-se surpreendido com a forma como recuperou e com a dureza do final, onde superou rivais mais explosivos.

Após a flash interview, Vingegaard explicou na conferência de imprensa que a vitória não fazia parte do plano inicial. “Não diria que precisava mesmo desta vitória, caso contrário teríamos corrido como uma equipa. Não o fizemos, porque vamos escolher as nossas batalhas nesta Vuelta. Hoje não queríamos desperdiçar muita energia”, afirmou.

O desfecho acabou por lhe sorrir devido ao traçado final, mais favorável a trepadores do que a puncheurs como Giulio Ciccone ou Tom Pidcock. “O final foi muito duro, com um ritmo constantemente elevado. A 200 metros do final o Giulio atacou e, para ser honesto, não pensei que o conseguisse apanhar.”

A etapa ficou marcada pela queda coletiva da Visma numa rotunda molhada, episódio em que Vingegaard também esteve envolvido. O líder admitiu que se assustou com o impacto, mas rapidamente percebeu que podia continuar. “Bati com bastante força, mas não me parece que esteja a sentir muitas dores. Tenho algumas nódoas negras, claro, mas acho que deslizei mais porque estava muito escorregadio. É por isso que não tenho escoriações nem nada do género.”

O colega Axel Zingle não teve a mesma sorte, acabando por ficar com uma luxação no ombro.

Vingegaard descreveu ainda a sensação ao regressar à bicicleta após a queda: “No início senti-me um pouco dorido e, quando voltei a pedalar, senti dores no joelho. Mas melhorou rapidamente e saí apenas com arranhões ligeiros e sem grandes consequências.”

Apesar da vitória e da liderança conquistada, o dinamarquês preferiu manter o discurso de cautela. “Ainda falta muito para Madrid. Vamos viver dia após dia e decidir mais tarde se queremos entregar a camisola de líder de uma forma positiva ou não.”