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UCI ponderou a possibilidade de trocar as posições dos campeonatos do mundo de ciclocrosse e dos campeonatos nacionais durante a época, de modo a ter mais pilotos de topo no início. O diretor executivo da UCI, Peter Van den Abeele, disse-o numa entrevista ao Sporza.
"Depois da
Taça do Mundo em Hoogerheide, no ano passado, debatemos este assunto internamente. Pensámos se a Taça do Mundo e os campeonatos nacionais deveriam trocar de lugar no calendário. Uma ideia que rapidamente abandonámos, porque teria um impacto negativo nas federações nacionais", confirma Van den Abeele.
"Além disso, os campeonatos nacionais servem agora de referência para o
Campeonato do Mundo. Por exemplo, se colocarmos o Campeonato no calendário depois da Taça do Mundo, a luta pelo título nacional perde valor. Os ciclistas teriam então de regressar ao seu país para o campeonato nacional e depois viajar de novo para a Bélgica para as outras provas de classificação. Isto gera custos adicionais para os ciclistas estrangeiros e são precisamente estes que incorrem em tantos custos durante o ano".
O último argumento de Van den Abeele é que isso também teria um impacto negativo na imagem internacional do cross-country. "A época de cross-country dura apenas alguns meses e tem vindo a ser encurtada nos últimos anos. Não só porque os Três Grandes começam a época mais tarde, mas também porque os verdadeiros praticantes de crosse fazem uma pausa mais frequente durante a época. Já não andam em todos os crosses".