O formato da Taça do Mundo de ciclocrosse tem sido um tema quente desde o início desta época. As primeiras vozes já falaram mal da dispendiosa viagem ao estrangeiro para a Taça do Mundo de Waterloo, mas a insustentabilidade da competição de regularidade, agora com catorze corridas, que serve essencialmente de qualificação para os Campeonatos do Mundo no final da época, tornou-se clara após algumas declarações despreocupadas do presidente da UCI, David Lappartient.
Em declarações ao WielerFlits, Peter Van den Abeele, da UCI, fala sobre a possibilidade de redução do calendário da Taça do Mundo. "Os direitos estão nas mãos da Flanders Classics. Eles investiram um montante relativo a essas catorze etapas. Se fosse decidido fazer menos corridas, primeiro teríamos de falar com eles sobre a situação financeira. E estamos atualmente a trabalhar nesse sentido".
"Toda a gente tem uma certa opinião, mas, no fim de contas, cabe-nos a nós filtrar em conjunto com a Clássica da Flandres. Normalmente, o novo calendário é sempre anunciado aquando dos Campeonatos do Mundo. Não será esse o caso em Tábor. Teremos de debater principalmente o número de corridas", continua.
"Bem, qual é o número ideal? Não sei, entre dez e doze, penso eu. Mas quando, há algumas épocas, apenas se realizaram seis rondas - três das quais na Bélgica e duas na Holanda - também houve críticas. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para reavivar a classificação e torná-la novamente a mais prestigiada. Mas, de repente, houve demasiados heats, o que muitos consideraram não ser bom".