Resultados Rapencross Lokeren 2025 Masculino: Nieuwenhuis implacável, Nys vítima da lama e dos azares

Ciclocrosse
domingo, 02 novembro 2025 a 16:06
Joris Nieuwenhuis
O Rapencross de Lokeren voltou a provar porque é uma das provas mais imprevisíveis do calendário de ciclocrosse. Desta vez, o protagonista foi Joris Nieuwenhuis, que protagonizou uma exibição de autoridade e conquistou a sua segunda vitória da época no Troféu X2O, num dia em que Thibau Nys teve uma tarde diametralmente oposta, marcada por problemas mecânicos, quedas e frustração.
Nieuwenhuis, que parece estar cada vez mais confortável na lama, assumiu o comando da corrida a meio da prova e nunca mais olhou para trás.
“Assim que entrei na frente, senti que tinha o controlo da corrida”, disse o holandês no final. “Mesmo com um pequeno deslize na areia, sabia que o ritmo era suficiente.”

O contraste de Nys: da glória à frustração

Ainda debaixo do impacto do seu triunfo em Koppenberg, Thibau Nys alinhou em Lokeren com ambição e confiança, mas o dia começou mal e só piorou. Um arranque desastroso deixou-o enterrado no pelotão e, a partir daí, uma série de problemas com a bicicleta dianteira e múltiplas trocas de mota destruíram qualquer hipótese de recuperação. A frustração do campeão europeu foi evidente, com o belga a gesticular em desespero por mais de uma vez.
O infortúnio ficou completo com duas quedas na areia nas voltas finais, que o afastaram definitivamente da luta pelos lugares cimeiros. No final, Nys saiu de Lokeren sem pontos significativos e com uma expressão de resignação, lembrando que no ciclocrosse a linha entre o triunfo e a ruína é perigosamente fina.

A corrida: Nieuwenhuis dispara, Vanthourenhout responde

O início da corrida foi frenético, com Victor Vandeputte a disparar da linha de partida. Mas quando Joris Nieuwenhuis e Michael Vanthourenhout assumiram o comando, o ritmo subiu de forma drástica. Atrás deles, Vandeputte e Emiel Verstrynge lutavam para se manter próximos, enquanto Laurens Sweeck começava a perder terreno.
A meio da corrida surgiu o momento decisivo: Nieuwenhuis lançou o ataque que o isolou na frente. Vanthourenhout ainda conseguiu reaproximar-se após uma paragem rápida nas boxes, mas o holandês da Baloise Trek Lions voltou a acelerar, quebrando o elástico de forma definitiva.
A partir daí, foi uma exibição de força e controlo. Mesmo um ligeiro erro na secção de areia não o desconcentrou, Nieuwenhuis remontou imediatamente e manteve o ritmo até cruzar a meta em solitário.

O pódio e os sobreviventes do caos

Michael Vanthourenhout, que vinha de um abandono no Koppenbergcross, limitou-se a rodar com consistência até ao segundo lugar, um resultado que lhe devolve confiança. Atrás, a luta pelo pódio proporcionou o drama da tarde: Vandeputte recuperou após um início irregular e, nas últimas voltas, ultrapassou Emiel Verstrynge, garantindo o terceiro posto com uma margem confortável.
O Top 6 ficou completo com Verstrynge (4.º), Niels Michels (5.º) e Laurens Sweeck (6.º), num dia em que os favoritos tiveram destinos opostos.

Duas corridas, dois mundos

O Rapencross deixou duas histórias distintas:
  • Joris Nieuwenhuis consolidou o seu estatuto de força dominante deste início de inverno, somando vitórias e confiança.
  • Thibau Nys, pelo contrário, aprendeu que a lama pode ser impiedosa até com os mais talentosos, e que a euforia de um dia pode transformar-se em frustração no seguinte.
O ciclocrosse voltou a mostrar o seu caráter imprevisível, um desporto onde o talento e a forma são essenciais, mas a resiliência e o controlo emocional são, muitas vezes, o que distingue os campeões.

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