Foram muitas as críticas dirigidas a membros de ambas as partes na complicada controvérsia que é a proposta de
Cian Uijtdebroeks de se mudar da
BORA - hansgrohe para a Team Visma | Lease a Bike. No entanto, de acordo com o patrão da Cofidis, Cedric Vasseur, é
Richard Plugge quem merece as maiores críticas, devido ao seu papel como presidente da AIGCP (Association International des Groupes Cyclistes Professionnels).
"A minha preocupação prende-se com o presidente do AIGCP. Quando se tem o presidente do AIGCP, que é o responsável pela associação das equipas, espera-se que ele respeite as regras e as outras equipas", disse Vasseur à GCN.
Para o caso de ter vivido debaixo de uma pedra, no sábado à noite, a equipa de Plugge anunciou a chegada de Uijtdebroeks à sua equipa. No entanto, o anúncio foi rapidamente seguido por um contra-anúncio da BORA - hansgrohe, que negou a legalidade do negócio, insistindo que o jovem talento belga ainda lhes pertencia. Nos dias que se seguiram, o agente de Uijtdebroeks afirmou que o contrato foi rescindido a 1 de dezembro, embora o BORA se mantenha firme e esteja a exigir o pagamento de um milhão de euros.
"É possível ficar chateado, mas quando essa pessoa é o presidente do AIGCP, é algo inacreditável", diz Vasseur sobre a situação. "Não há ofertas no ciclismo, mas quando se é eleito e se representa todas as equipas e se tem um comportamento destes, como é que as outras equipas podem confiar em si? Não é possível."
"Ele é o nosso presidente e está a tentar levar um ciclista. Hoje é um ciclista da Bora, mas amanhã pode ser da minha equipa ou de outra. Acabou de criar problemas para outra equipa", critica Vasseur. "Não se trata apenas de outro chefe de equipa. Se fosse, eu não reagiria assim. Há alguns treinadores a quem não dou um único euro porque sei que não o receberia de volta e é assim que as coisas são, mas este comportamento do presidente é inaceitável. Como é que podemos confiar nele? Se se quer ser presidente do AIGCP, a primeira coisa que se deve fazer é respeitar as equipas. Com essa mentalidade, não se pode ser presidente do AIGCP".
"Vou falar com os outros diretores e, se estiverem de acordo, convocaremos novas eleições o mais rapidamente possível. Não quero ter nada a ver com um presidente como este. É um roubo. Se não consegues lidar com as responsabilidades de ser presidente, então não há lugar para ti. Estamos todos lixados, porque vamos chegar a uma situação em que um ciclista diz "as meias não são da cor que eu queria, por isso vou-me embora". Isso não é negócio e estamos a falar de milhões de euros para cada equipa", conclui. É uma grande confusão nas redes sociais e vai ter consequências. Quando vi esta notícia pela primeira vez, no sábado, pensei que fosse uma conta falsa da equipa. Pensei que era uma conta falsa no Twitter. Sinceramente, nunca me passaria pela cabeça fazer isto a outra equipa".