Os contrarrelógios por equipas parecem ter desaparecido do menu da
Volta a França, com a última aparição a remontar a 2019, quando o comboio amarelo da Jumbo-Visma voou pelas ruas de Bruxelas.
"Há já alguns anos que não o fazemos", disse Gouvenou à
Velo. "A organização de um contrarrelógio por equipas está muitas vezes ligada à localização da Grand Départ e exige uma certa unidade de localização entre a partida e a chegada." Quando é que a Volta a França voltará a ter um contrarrelógio por equipas, Gouvenou deu a entender que é muito provável que seja introduzido um novo sistema de cronometragem na disciplina.
Gouvenou insistiu que a ASO não tem nada contra os contrarrelógios por equipas, mas tornou-se difícil combinar os mesmos devido ás três Grand Départ feitas fora de portas entre 2022 e 2024. "Nos últimos anos, não tivemos uma localidade que fizesse a Grande Partida que quisesse ficar por uma área bastante restrita, mas sim estender-se o mais possível pelo território, pelo que era essencial realizar etapas de estrada com ponto de partida e ponto de chegada."
Embora Gouvenou não tenha confirmado o regresso do contrarrelógio por equipas à Grande Boucle, deu a entender que é uma possibilidade que a ASO estará a ponderar. Já vimos o organizador levar a cabo várias experiências no esforço individual tradicional e parece que encontraram recentemente o que procuravam.
Na edição do ano passado da
Paris-Nice, a ASO apresentou um novo sistema de cronometragem. Em vez dos tempos serem calculados com base nos terceiros e quartos classificados, o tempo de cada ciclista passou a ser cronometrado individualmente, permitindo às equipas utilizar diversas estratégias para o esforço do colectivo. "Não se trata de forma alguma de eliminar este formato que nos é muito querido", afirmou. "E gostamos particularmente do novo formato que foi posto em prática na Paris-Nice, permitindo que cada ciclista complete o seu esforço e tenha o seu tempo cronometrado consoante o seu trabalho."