Na luta contra ciclistas mais experientes e antigos campeões de Grandes Voltas,
Tom Pidcock continua a mostrar resiliência na defesa do seu lugar no pódio da
Volta a Espanha 2025. O britânico da
Q36.5 Pro Cycling Team, de 26 anos, terminou em 8º lugar na Farrapona, cedendo 14 segundos para Jonas Vingegaard e João Almeida, e 10 segundos para Jai Hindley, que agora se aproxima na geral. Apesar disso, Pidcock mantém uma margem de 42 segundos sobre o australiano na luta pelo 3º posto.
"Sim, perdi um pouco mais de tempo, mas acho que estou a melhorar cada vez mais com estes esforços mais longos. Esta é, sem dúvida, a coisa com que mais me debato... bem, não é a coisa com que mais me debato, toda a gente se debate porque é difícil, mas é a coisa em que mais posso melhorar e, este ano, melhorei imenso, mas, obviamente, ainda há muito mais a fazer", explicou após a etapa.
A subida a La Farrapona não trouxe ataques explosivos, em parte devido ao vento contrário. A UAE Team Emirates - XRG controlou o ritmo com moderação, satisfeita com o triunfo de Marc Soler na fuga. O cenário mudou apenas quando Giulio Pellizzari acelerou para preparar o movimento de Hindley, levando os melhores trepadores ao limite nos últimos quilómetros. "Ainda assim, foi bastante difícil, pois é óbvio que a Emirates e a Red Bull queriam que fosse um dia difícil e que fosse um esforço longo na última subida, o que acabou por acontecer", analisou Pidcock.
Tom Pidcock acelera na Farrapona
Os últimos 24 quilómetros foram essencialmente em subida, mas só nos 7 finais se registaram diferenças significativas. Foi aí que Giulio Ciccone e Egan Bernal, já em dificuldades, perderam definitivamente o contacto com o grupo principal e caíram na classificação. "Felizmente, havia altos e baixos no início, por isso não foi muito mau, mas o vento dificultou um pouco as coisas, uma vez que tivemos de lutar o mais perto possível da borda, o que também significou que só os últimos quilómetros fizeram a diferença", acrescentou o britânico.
Com dois dias duros de montanha acumulados, Pidcock encara a 15ª etapa entre A Veiga e Monforte de Lemos, marcada por muito desnível na fase inicial mas final plano como uma oportunidade para respirar antes do segundo dia de descanso. "Veremos isso. Não sei, talvez um dia de folga para nós [ciclistas da geral], mas não vai ser fácil", concluiu.
Pidcock segue, assim, firme na defesa do pódio, mas sabe que Hindley não lhe dará tréguas na última semana da Vuelta.