No que tem sido um ano difícil para o ciclismo britânico, chegam agora mais más notícias. A equipa que deu ao ciclismo nomes como Tom Pidcock, Paul Magnier e Ben Healy, vai definitivamente fechar as portas. A Trinity Racing formou e desenvolveu durante muito tempo alguns dos mais talentosos ciclistas britânicos e esta triste notícia acaba por deixar o ciclismo ainda mais orfão, num país onde não abundam equipas.
Há apenas alguns anos, a Grã-Bretanha tinha cinco equipas continentais, mas agora resta apenas uma, a Saint-Piran, que tem a sua sede na Cornualha. O diretor desportivo da Formers, Pete Kennaugh, conversou com a Cycling Weekly para contar sobre o que se passa na equipa, antes de partir para o seu novo desafio em 2025 na Astana Qazaqstan Team..
"A Trinity penso que vai continuar, mas apenas como uma equipa de BTT", disse. "É o que eu entendo das conversas recentes com pessoas que trabalham lá. Provavelmente será uma equipa de desenvolvimento para a equipa da Specialized Factory."
Os ciclistas da equipa de estrada da Trinity Racing, que agora não têm contrato para 2025, estão a passar por um mau bocado, como contou Kennaugh. "Da última vez que falámos com alguns deles, ainda não tinham equipa para a próxima época, o que é uma verdadeira vergonha".
Kennaugh também falou sobre a forma como Andrew McQuaid, o proprietário da equipa, reagiu a este triste declínio: "A equipa era o seu bebé, por assim dizer, e ele dedicou-lhe muito esforço, tempo e paixão. Do meu ponto de vista, o McQuaid não falhou. É apenas a forma como as coisas estão neste momento."
"Acho que é justo dar-lhe os parabéns por tudo o que fez ao longo dos anos em que esteve no comando da equipa. Muitos outros diretores ou chefes de equipa teriam desligado a ficha há anos. Ele esforçou-se tanto para garantir que a Trinity pudesse continuar a ter uma equipa de estrada no próximo ano, mas infelizmente esse não será o caso".