A Lotto Dstny deverá conseguir segurar uma das suas pérolas da casa: "Jarno Widar não quer sair e as suas exigências financeiras não são impossíveis para nós"

Jarno Widar teve uma entrada extremamente impressionante no mundo do ciclismo de sub-23, conquistando um punhado de vitórias em clássicas de um dia e em provas por etapas. Tudo parecia estar a caminhar na direção certa para um ataque à classificação geral no Tour de l'Avenir. No entanto, Widar não conseguiu manter o ritmo nas últimas etapas e falhou o seu objetivo. As suas declarações subsequentes, publicadas pela DirectVelo, causaram grande agitação, uma vez que culpou a Lotto Dstny pelo fracasso.

Tudo acabou por ser uma tempestade num copo de água, escreveu o Het Nieuwsblad no início de setembro. Com um contrato até ao final de 2027, a Lotto Dstny está numa posição forte e a equipa fez uma nova oferta a Widar, segundo o diretor desportivo Kurt Van de Wouwer. "Jarno indicou que não foi citado corretamente na entrevista. Sempre foi nossa intenção ajustar o contrato do Jarno. A nossa equipa tem como objetivo formar jovens e alcançar o sucesso ao mais alto nível com eles. Estamos convencidos de que podemos fazer o mesmo com o Jarno."

No Cyclism'Actu, o diretor-geral Stéphane Heulot confirmou que Widar não quer sair e não pode. "Reunimo-nos com Jarno, o seu empresário, e o seu manager Kurt. Como tinha ouvido, Jarno tinha perguntas que estavam muito longe da realidade. Ele queria ser tranquilizado em termos de desempenho. O nosso projeto está a crescer e não temos nada a ver com outras equipas. Dissemos a Jarno que não estávamos satisfeitos com as suas declarações e ele pediu desculpa. Se compararmos a sua época com a de Pablo Torres, Jarno fez menos dez dias de corrida. Ele é jovem, por isso não se pode estar sempre no topo".

Segundo Heulot, a clausula de rescisão de 25 000 euros também não é correta. "A UCI pode impor sanções a ciclistas, equipas e agentes. Tem de haver um acordo entre as três partes e não recebemos qualquer informação de outras equipas. Em casos extremos, um ciclista pode sempre rescindir o seu contrato, mas depois tem de ir a tribunal, o que custa muito dinheiro e tempo. Nós não vamos fazer isso. O Jarno não quer sair e as suas exigências financeiras não são impossíveis para nós. Talvez ele fique na equipa de desenvolvimento por mais um ano, mas também podemos mudar isso".