"A partir daqui, as coisas vão tornar-se difíceis" - Jasper Philipsen não tem a certeza se vai terminar a Volta a Espanha 2025

Jasper Philipsen já deixou a sua marca na Volta a Espanha 2025, mas a questão permanece: veremos o sprinter belga a disputar a meta final em Madrid? Nem o próprio tem a resposta.

“A partir de agora, as coisas vão tornar-se difíceis nesta Vuelta. Só largarei a bicicleta se sentir que já não estou a melhorar e que estou a enterrar-me num buraco”, explicou Philipsen após conquistar a sua segunda vitória, no sprint de Saragoça.

O ciclista da Alpecin-Deceuninck soma já dois triunfos nesta edição: o arranque vitorioso em Novara, que lhe deu a primeira camisola vermelha, e a consagração na 8ª etapa, onde voltou a confirmar-se como o sprinter mais rápido deste pelotão.

O desafio, porém, está por vir. O calendário da segunda metade da Vuelta está recheado de etapas de alta montanha, com várias chegadas em alto que ameaçam diariamente os sprinters com o limite de tempo. Philipsen, hoje com 27 anos, encara essa travessia menos como uma luta pela sobrevivência e mais como uma oportunidade de preparação:

“Quero transformar estes próximos onze dias numa espécie de campo de treino. Se conseguir ultrapassar isto, estarei em grande forma para a parte final da época”, sublinhou.

Ainda assim, Madrid não está fora de alcance. Além da tradicional procissão da última etapa, ainda há mais um sprint em perspetiva, no dia 19 rumo a Guijuelo, uma etapa que poderá servir de motivação extra para resistir às montanhas.

As vitórias conquistadas nesta Vuelta elevaram Philipsen a um total de 15 triunfos em etapas de Grandes Voltas, consolidando o seu estatuto como um dos sprinters mais prolíficos da sua geração.

O maior teste, contudo, será nas subidas. Não para vencer, mas para sobreviver. Para já, Philipsen divide-se entre a glória já conquistada e o enigma da última meta: Madrid.