A Q36.5 continua à espera de um wildcard do Giro para ajustar o calendário de uma das suas estrelas: "Temos de fazer escolhas e arranjar tempo para treinar também"

Tom Pidcock teve um grande impacto na Q36.5 Pro Cycling Team. Com apenas uma corrida nas pernas, o britânico já ajudou a acrescentar 4 vitórias ao recorde da equipa para 2025. Embora o seu calendário para o ano tenha sido recentemente confirmado pela equipa, o treinador de Pidcock insiste que nada é uma certeza, enquanto a Volta a Itália já paira no horizonte.

O calendário de Pidcock inclui corridas por estapas como a Volta à Andaluzia e a Tirreno-Adriático, bem como as Clássicas da primavera: Omloop Het Nieuwsblad, Strade Bianche, Milan-Sanremo, Brabantse Pijl, Amstel Gold Race, Fleche Wallonne e finalmente a Liege-Bastogne-Liege. No entanto, pelo menos de acordo com Bogaerts, isso não significa que estas sejam as únicas corridas para o britânico durante este período. "Temos de ver como as coisas estarão a correr e como o Tom se sente depois do bloco da Milan-Sanremo", explica Bogaerts a Daniel Benson. "Temos a opção de alterar sempre o calendário e temos sempre corridas, o que é um bom ponto de vista, mas ele não pode fazer todas as corridas. É impossível."

"Se começarmos de AlUla até Liège, é um bloco longo e depois temos de fazer escolhas e arranjar tempo para treinar também. Vamos ver como tudo evolui e fazer avaliações regulares. Penso que o Tom é uma pessoa que gosta de ter uma certa liberdade, por isso pode mudar se quiser mudar e depois logo se vê", continua Bogaerts. "Se tudo correr bem, sem acidentes, lesões ou doenças, então é muito provável que este seja o seu calendário. Mas as coisas ainda podem mudar."

Uma das grandes questões em torno do calendário de Pidcock é o facto de a Q36.5 ter ou não um convite para o Giro. "É muito bom termos outras corridas em que podemos correr e podemos fazer alguns malabarismos quando for necessário, por exemplo, uma potencial participação no Giro. Temos mesmo de analisar as coisas", diz Bogaerts sobre a perspectiva, abrindo a porta à participação de Pidcock na corrida, se a equipa receber um wildcard. "Nunca se sabe, mas não lutará de imediato para a classificação geral. Mas ele quer, sem dúvida, desempenhar um papel fundamental e tentar ganhar algumas etapas. Para isso, é preciso ter frescura física e mental".