A Uno-X poderá não fazer o Tour, a Vuelta e o Giro em 2025: "Será, grosso modo, uma merd*"

Ciclismo
quinta-feira, 23 janeiro 2025 a 9:52
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Depois de ter sido um dos wildcards das duas últimas edições da Volta a França, a Uno-X Mobility ainda não recebeu qualquer indicação sobre se será ou não novamente convidada em 2025.

"Participar significará muito para nós, enquanto equipa. A Volta à França é o nosso maior objetivo para este ano e não há mais nada que se lhe compare. Por isso, é importante conseguir esse wildcard", diz o diretor desportivo da Uno-X Mobility, Christian Andersen, em conversa com a TV2.dk.

Este ano, a luta pelos "wildcards" parece mais intensa do que nunca. A tradicional equipa francesa TotalEnergies está sempre na corrida. A Q36.5 Pro Cycling Team também esteve na luta depois de ter contratado Tom Pidcock, mas desde então parece ter-se afastado da luta. No entanto, de acordo com Andersen, o concorrente mais sério para o lugar da Uno-X Mobility na Volta a França é, potencialmente, a Tudor Pro Cycling Team.

"A Tudor fez boas aquisições. O Alaphilippe é um duplo campeão do mundo e é francês, por isso é um pouco complicado. Pelo menos, vamos lutar até ao fim", analisa Andersen os rivais suíços. "Mas não somos senhores de ninguém a não ser de nós próprios. Fizemos e estamos a fazer o que podemos e depois temos de esperar que o que fizemos seja suficiente."

Fala-se mesmo que este ano poderá ser convidada mais uma equipa. "Se forem 23 equipas, não tenho dúvidas de que iremos. Se forem 22 equipas, tenho um pouco mais de dúvidas. Mas é claro que acreditamos nas nossas possibilidades", diz, insistindo que a Volta à França não é o único objetivo da equipa. "Queremos mesmo correr duas grandes voltas, mas o nosso desafio é que há muitas equipas italianas a disputar os convites para o Giro de Itália e tanto a Tudor como a Q36.5 'são muito' italianas. Penso que vai ser muito difícil".

Assim, em última análise, a Uno-X deve preparar-se para a possibilidade do pior dos cenários e de não fazer nenhuma Grande Volta em 2025. "Basicamente vai ser mau para nós e vamos ficar muito tristes se isso acontecer. Será, grosso modo, uma merda. Mas não é que o nosso mundo vá acabar completamente", conclui Andersen.

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