Finda a 86ª
Volta a Portugal em bicicleta, que conta com 87 edições (o ano de 2020 ainda não está contabilizado ed.), é hora de fazer balanços. A organização da prova, liderada por Joaquim Gomes, esteve debaixo de muitas criticas, provenientes dos mais diversos quadrantes, relativamente a muitos aspectos, mas para o ex-vencedor da Volta a Portugal a corrida "Foi correndo bem e os problemas estão mais do que identificados", disse ao O Jogo.
À quarta etapa da corrida o pico da contestação subiu de tom, com a neutralização da etapa e ao desviar do percurso para a Campeã, levando o pelotão a não fazer a subida do Alvão devido ao incêndio que tinha reacendido no sábado à noite. "Foi algo inédito para mim e felizmente não passei pela frustrante situação de anulamento".
No retomar da corrida na Campeã o colégio de comissários cometeu um erro grosseiro, ao retirar um minuto de vantagem ao grupo de fugitivos que liderava a corrida, sobre o grupo perseguidor e o pelotão, algo Gomes não considera grave, pois os comissários "tinham desculpa, atendendo ao contexto, pois estavam sob tensão".
"A Volta ficou marcada pelos grandes incêndios, que deixaram a organização em sobressalto durante dois dias", disse. Perante esta afirmação o director da Podium Events esquece-se das palavras que proferiu dias antes, quando afirmou que a organização estava preparada para fazer frente à possibilidade de surgirem percalços no percurso durante a corrida.
São 23 anos que a organizar a Volta e em 2026 é o ultimo ano do contrato existente com a FPC. "O futuro organizador vai ser decidido nos próximos tempos. Vamos ter de aguardar pelo ato eleitoral para iniciar contactos com os municípios e traçar a espinha dorsal da Volta nos próximos quatro anos", relata.
"Não me vou prolongar muitos mais anos como diretor da Volta, mas acredito que ela está bem viva e vai permitir um caminho tranquilo”, rematou.
Créditos Foto: Carlos Carneiro