Afonso Eulálio é um dos nomes mais promissores do ciclismo português e teve uma excelente época de 2023. O ciclista da
ABTF Betão - Feirense destacou-se tanto em Portugal, como no estrangeiro.
Em Portugal destaque para o 6º lugar na geral do GP Internacional Torres Vedras onde venceu a classificação da juventude. Na
Volta a Portugal terminou na 19ª posição da geral e acabou por perder a classificação da juventude para o espanhol Jaume Guardeño no contrarrelógio final em Viana do Castelo. Para terminar a época terminou em 2º lugar no GP Mortágua - Pedro Silva onde foi batido ao sprint por Joaquim Silva.
O ciclista natural da Figueira da Foz falou sobre a corrida disputada na sua cidade natal no passado fim de semana. Em declarações ao site especializado TopCycling Eulálio revela que: “É muito bom para o ciclismo português ter uma corrida deste nível e que traga as melhores equipas e ciclistas do mundo. Sendo ela nas estradas em que cresci e treinei é incrível! Queria fechar top 10, mas com o percalço que tive no mês de dezembro não posso meter um lugar desses na mesa. Um dos pontos chaves nesta corrida será a colocação devido ao circuito final com 2 subidas duras e descidas algo rápido e técnicas que alongam muito o pelotão.”
O talentoso ciclista português conseguiu honrosas prestações também no estrangeiro onde, entre outras corridas, terminou em 5º lugar na Prueba Villafranca, numa prova vencida por Marc Hirschi sobre Ben Healy mas onde Eulálio bateu o pé a nomes como Juan Ayuso, Oier Lazkano e Diego Ulissi.
Em representação da seleção nacional terminou também em 7º lugar no Course de la Paix Grand Prix Jeseníky disputado na Chéquia e vencido pelo francês
Antoine Huby (que em 2024 passou a integrar os quadros da Soudal - Quickstep) mas demonstrando a sua força nas etapas de maior dificuldade. Alem disso esteve presente na Polónia no Orlen Nations Grand Prix ao serviço de
António Morgado tendo ainda conseguido apoia-lo a vencer a última etapa. Eulálio terminou a etapa em 5º lugar mesmo trabalhando para Morgado e graças ao seu trabalho Morgado terminou em 6º na geral batendo precisamente Antoine Huby. Nessa prova o vencedor final foi Gal Glivar que em 2024 faz parte da equipa de desenvolvimento da UAE Team Emirates.
Sobre as suas prestações fora de Portugal Eulálio revela que "Na Polónia fomos com o Morgado e nunca pensei em correr para fazer o meu lugar nem acreditava muito no meu potencial. Comecei a acreditar na última etapa onde ataquei na fase inicial com o Morgado e endureci uma das últimas subidas para passar um grupo mais restrito."
Já sobre a prova disputada na Chéquia Eulálio apreciou o facto de correr com mais liberdade: "Na Chéquia ia cheio de confiança, tive uma avaria no prólogo e deram-me o tempo do último, mas na etapa mais dura senti-me super bem e nas últimas dificuldades estive na luta pela vitória da quase até ao risco.”
Já sobre a sua prestação na Volta a Portugal Eulálio explica o seguinte: "Foram circunstâncias diferentes. Em 2022 trabalhava no início da etapa e abria para descansar para o dia seguinte. No ano passado a ideia era ser o braço direito do António Carvalho."