Alexander Vinokourov claramente satisfeito com o desempenho da XDS Astana no Giro: "É fundamental para a equipa mantermo-nos no WorldTour"

A XDS Astana viveu na Volta a Itália 2025 uma das suas campanhas mais bem-sucedidas dos últimos anos. Depois de um 2024 sem pódios e apenas dois quartos lugares, a formação cazaque regressou às vitórias, conquistando uma etapa, a classificação da montanha e um volume expressivo de pontos UCI.

"Teria sido difícil fazer melhor", afirmou um satisfeito Alexander Vinokourov, chefe de equipa, em entrevista à Eurosport. "Ganhamos uma etapa e a classificação da montanha, que era o nosso principal objetivo. Nunca tivemos ambição para a geral, mas sim para vencer etapas e maximizar os pontos UCI. Penso que somamos cerca de 1.450 pontos no Giro, nada mau."

O grande momento da equipa foi o domínio absoluto na etapa rainha, com chegada a San Valentino, onde Lorenzo Fortunato e Christian Scaroni cruzaram a meta isolados. Como foi decidido quem ficaria com o triunfo?

"Enquanto direção, não tomamos qualquer decisão", explicou o antigo campeão olímpico. "Dissemos aos rapazes que era indiferente quem vencesse. Pessoalmente, preferia que fosse o Scaroni, porque ainda tem um ano de contrato connosco (risos). Mas eles decidiram entre eles. Foi um dia memorável."

À medida que o entusiasmo pela campanha italiana se dissipa, a Astana já aponta baterias para a Volta a França. O objetivo será o mesmo: procurar triunfos de etapa e lutar pela Camisola da Montanha.

"Não temos ninguém capaz de aspirar a mais do que um Top-10 na geral", admite Vinokourov. "O foco estará nas etapas e na classificação da montanha. Além disso, somar pontos UCI é fundamental. Estamos empenhados em garantir a permanência no WorldTour, algo que o nosso patrocinador XDS considera essencial. Este ano temos de nos concentrar totalmente nisso. No ano passado dependemos quase exclusivamente das vitórias de Cavendish."

Com 18 vitórias já esta temporada, a equipa reforça a importância dos pontos para manter o seu estatuto entre a elite do ciclismo. No entanto, o espírito competitivo da formação que já venceu oito Grandes Voltas mantém-se.

"Assim que assegurarmos a continuidade no WorldTour, vamos procurar um ciclista capaz de lutar pela classificação geral. Sabemos que há poucos disponíveis, mas esse será o nosso próximo passo. Vencer Tadej Pogacar não será fácil, mas este Giro provou que tudo é possível..."