Américo Silva prometeu, Nicolás Tivani concretizou. A Classificação da Montanha da Algarvia foi para Loulé!

Na antecâmara da Figueira Champions Classic quando a CiclismoAtual falou com Américo Silva para nos falar da Volta ao Algarve, o director desportivo da Aviludo - Louletano - Loulé Concelho foi paradigmático e desejava lutar por um lugar de destaque na corrida, tal como tinha sucedido na 50ª edição da corrida, quando andaram alguns dias na liderança da classificação da montanha.

"Se conseguirmos inclusivamente fazer aquilo que fizemos o ano passado que é ir ao pódio, porque fazer 11º ou 12º não tem grande relevância. O ano passado conseguimos o feito de andar 3 ou 4 dias na liderança da classificação da montanha e isso para nós é o nosso objectivo, é subir ao pódio", disse Américo Silva.

Américo Silva prometeu e Nicolás Tivani concretizou o objectivo da equipa. Na primeira etapa da corrida, Tivani esteve na fuga e venceria a única contagem de montanha do dia, que depois não contaria para nada, pois a organização decidiria anular a etapa e o esforço dos ciclistas. Na segunda etapa da corrida Tivani foi para a fuga e venceu 3 das 5 passagens de montanha, na terceira etapa o homem do Louletano foi novamente para a fuga e seria o primeiro homem a passar na subida de Faz Fato e na quarta etapa em linha venceria os prémios da montanha instalados no Alto do Malhão e na Picota.

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Com os 10 pontos arrecadados na primeira metade da etapa, bastava a Nicolás Tivani chegar sem problemas ao final do dia e da corrida para levar para Loulé a camisola azul da Algarvia de 2025. E foi o que sucedeu. Para a Aviludo - Louletano - Loulé Concelho foi o concretizar de um plano que estava na mente do seu director desportivo, que não escondeu a ambição de superar a prestação do ano anterior.

Para uma equipa modesta, sem grandes nomes e com um orçamento controlado, estar todos os dias no pódio e acima de tudo, estar no pódio final ao lado de homens como Jonas Vingegaard da Team Visma | Lease a Bike, Jordi Meeus da Red Bull - BORA - Hansgrohe e Romain Grégoire da Groupama-FDJ, todos de equipas do escalão World Tour, não pode ser considerado um brilharete, mas sim levar a cabo a estratégia planeada, ter a audácia de colocar o seu homem todos os dias na fuga e no final recolher os frutos e saborear a vitória.

Dizer que Tivani só esteve no pódio final porque as principais equipas do pelotão não metiam homens fortes na fuga é relativizar o feito brilhante da Louletano. A corrida faz-se na estrada. Todos tiveram a oportunidade de colocar homens nas fugas e lutar pela camisola. Tivani foi duro, perseverante e agarrou-se ao sonho. Trabalhou e venceu. Para a modesta equipa algarvia, mais que um feito brilhante, é um prémio meritório e importante.  

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Classificação da Montanha da Volta ao Algarve 2025