Américo Silva feliz com o 1-2 da Aviludo-Louletano e não tem medo da chegada à Serra da Estrela: "A Torre? Eu estava mais ansioso com a etapa de ontem"

A Volta a Portugal teve hoje na estrada a sua 2ª etapa, entre Santarém e Lisboa, desenhada pela organização para comemorar os 50 anos do 25 de abril, Dia da Liberdade, levando o pelotão a fazer o mesmo percurso que os Homens de Abril percorreram em 1974, numa extensão de 164 quilometros entre Santarém e Lisboa.

No final do dia a equipa algarvia da Aviludo - Louletano - Loulé Concelho fez 1,2 na etapa, tendo o lançador de Tomas Contte , German Tivani, demonstrado uma potencia incrivel na ultima centena de metros, destacando-se do pelotão para ganhar à vontade por vários metros sobre o seu colega de equipa, que fecgharia 2º.

Américo Silva, director desportivo da equipa era um homem satisfeito quando falou para os microfones da RTP." As estratégias são sempre boas quando saem bem, logicamente que conhecer esta parte final e eu conhecia-a na perfeição porque vivo aqui a cerca de 20 quilometros e eu conhecia-a pessoalmente esta chegada, ajudou muito. Em termos de trabalho que fizemos colectivo, primeiramente por causa do vento que se fazia sentir hoje que era um perigo muito grande para a classificação geral individual, e a partir do momento que nos encontramos em Vila Franca, logicamente que nos começamos a centrar no nosso objectivo principal que era discutir a etapa aqui hoje."

Américo continuou a explicar a estratégia "Primeiramente com Thomas Contte, mas logicamente que quando estamos a falar de dois ciclistas argentinos, dois ciclistas que têm uma união muito grande, que se conhecem muito bem, acabaram por ser próprios a decidir esta parte final."

Para quem tem acompanhado a época de 2024, o feito da Aviludo - Louletano não foi nenhuma surpresa, como confirmou "Nós pelo que temos vindo a apresentar ao longo da época, e eu frisei isso no dia da apresentação, a equipa Aviludo - Louletano - Loulé Concelho até começar a Volta a Portugal, tinha sido a equipa revelação. É lógico que todos nós ficamos satisfeitos e entusiasmados, mas acho que não é surpresa para ninguém o que acabamos por fazer hoje, porque isto já vem precedido de vitórias individuais, colectivas, e isto é a confirmação da excelente época que temos vindo a realizar."

Amanhã é dia de subir à Torre, a etapa rainha da prova, que este ano aparece ao 3º dia em linha, mas para o director desportivo da equipa algarvia, a etapa que mais receava nesta Volta não é a de amanhã... mas sim a de ontem, que terminou no Observatório de Vila Nova. "A Torre? Eu estava mais ansioso com a etapa de ontem. Começar uma Volta a Portugal com uma etapa que decidiria, como acabou por decidir, uma boa parte da classificação geral desta Volta a Portugal é sempre um risco grande, mais ainda quando tinha um ciclista principal que iria e esteve a discutir a etapa de ontem um mês sem competir, devido a estratégias logicamente, mas que é sempre um grande risco, porque os ciclistas têm aquela ansiedade de não saber o seu estado de forma, mas felizmente que as coisas acabaram por correr bem e hoje correram muito bem." finalizou o lisboeta.