Antevisão - Eschborn-Frankfurt 2025: Ben Healy favorito mas com António Morgado à espreita!

A primavera das clássicas chega ao fim no dia 1 de maio, mas o WorldTour ainda tem guardada uma das suas corridas de um dia com mais pontos e prestígio em disputa: a Eschborn-Frankfurt. Realizada na Alemanha, esta clássica tem-se tornado uma prova cada vez mais aberta e imprevisível, com um traçado equilibrado entre colinas traiçoeiras e oportunidades para os sprinters mais resistentes.

Com 198 quilómetros de extensão, a corrida desenrola-se em torno de um circuito com duas subidas principais: a longa e constante Feldberg, com duas passagens de 11 km a 5%, e a Mammolshain, bem mais curta mas explosiva — 2,3 km a 8%, com rampas a ultrapassar os 15%.

Os primeiros 30 km são planos, servindo de rampa de lançamento para a primeira subida do dia. Ainda que essa fase inicial raramente tenha impacto direto no resultado, contribui para o desgaste acumulado. A Mammolshain será abordada três vezes — aos 112, 97 e 36,5 km da meta — e poderá ser o palco para ataques cruciais, especialmente na última passagem, que antecede uma descida técnica e uma secção final plana até Frankfurt.

Apesar de haver tempo para as equipas de sprinters se reorganizarem, a corrida raramente termina num sprint massivo. A tendência tem sido para grupos reduzidos ou finais imprevisíveis, com atacantes a fazerem a diferença nos últimos 40 km.

A subida final ao Feldberg deverá ser seletiva e deixar muitos ciclistas fora de jogo. Não irá quebrar completamente o pelotão, mas causará mossa suficiente para que a corrida fique fraturada e aberta.

Entre os principais candidatos, destacam-se Julian Alaphilippe e Ben Healy, que dificilmente resistirão à tentação de atacar nas subidas. Ambos têm mostrado pernas nas Ardenas e têm perfil ideal para uma clássica deste tipo.

Também chegam com boa forma nomes como Simone Velasco, Mauro Schmid e Thibau Nys, todos com capacidade de acelerar nas colinas e sprintar em grupos reduzidos. Equipas como UAE Team Emirates (com António Morgado, Tim Wellens, Florian Vermeersch e Nils Politt) e a Red Bull - BORA-hansgrohe (com Roger Adrià, Giulio Pellizzari e Maxim Van Gils) têm profundidade suficiente para controlar e moldar a corrida ao seu favor.

Outros nomes a seguir de perto incluem Matej Mohoric, Tobias Johannessen, Alexey Lutsenko, Andrea Bagioli, Neilson Powless, Max Schachmann e Marc Hirschi — todos com capacidade de desequilibrar em terreno acidentado.

Se o desfecho for decidido ao sprint, o cenário muda. Michael Matthews, Magnus Cort Nielsen, Alex Aranburu e Iván García Cortina são ciclistas que preferem finais duros e têm o instinto para surgir nos lugares de destaque. E se houver um sprint mais "puro", com um grupo ainda numeroso, Jasper Philipsen e Paul Magnier tornam-se candidatos claros ao triunfo.

Outros nomes como Mike Teunissen, Max Kanter, Pascal Ackermann e Tobias Lund Andresen também merecem atenção, caso a corrida evolua num cenário mais tradicional.

*** Thibau Nys, Simone Velasco, Ben Healy
** Michael Matthews, António Morgado, Julian Alaphilippe, Jasper Philipsen
* Mauro Schmid, Andrea Bagioli, Neilson Powless, Tim Wellens, Marc Hirschi, Mike Teunissen, Magnus Cort Nielsen, Tobias Lund Andresen, Paul Magnier, Ivan García Cortina

Escolha: Ben Healy

Como: Vitória a solo, provavelmente com um ataque no último alto ou na secção plana final da corrida.